O evento da CONFUT Nordeste 2023, que aconteceu no Wish Hotel da Bahia, em Salvador, nas últimas quinta (23) e sexta-feira (24), reuniu diversos personagens de destaque e importância no meio do futebol nordestino e nacional. Exemplo disso foi a presença do baiano Ricardo Lima, Diretor Comercial do CSA há seis anos e que tem bagagem por diversos clubes nacionais.
Soteropolitano, de 34 anos de idade, ele é formado em diversos cursos renomados das áreas de marketing e comunicação. Com carreira no meio esportivo iniciada na área de marketing do Esporte Clube Bahia, Lima logo depois fez parte de dois grandes trabalhos: um no Ypiranga, recuperando e reestruturando o clube ao lado de Emerson Ferretti (atual candidato a presidência do Bahia), e na Juazeirense, onde classificou para a Copa do Nordeste em 2015 e alcançou a terceira colocação do campeonato Baiano da época.
“Fizemos um trabalho também de trazer patrocinadores e também modificar o estátua da Juazeirense, sempre voltado nessa área de futebol, botando metas e inclusive essas metas foram alcançadas nessa época”, disse ele com exclusividade ao Portal MASSA!.
O bom trabalho do diretor chamou atenção de diversas equipes, inclusive de fora do território baiano, como o Ceará. Por lá, Ricardo conta que teve uma passagem muito positiva, com conquista de títulos e fechando acordo com parcerias importantes.
“Fiz um ótimo trabalho também, a gente fez diversas ações, fomos campeões na época da Taça Asa Branca, num jogo contra o Flamengo, foi logo meu início no clube, então muitas conquistas, a gente trouxe patrocinadores importantes no cenário do mercado nacional, como iFood, ProTorque, entre outras marcas”, ressaltou.
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Além destes, o comunicador se aventurou longe dos clubes, trabalhando na Zaeli Alimentos, onde propagou a marca junto de eventos esportivos, como a Copa do Mundo da Rússia em 2018. Porém, a caminhada longe do meio futebolístico não perdurou tanto e ele retornou aos trabalhos nos times, passando também por Vila Nova, CRB e enfim o CSA, onde mantém um grande trabalho por seis temporadas.
“Volto para o CSA, onde estou até hoje também fazendo bons trabalhos junto a uma equipe super competente, ao presidente também que acredita no meu trabalho, agradeço muito a ele (Rafael Tenório). Venho até o momento conquistando títulos com o clube, negócios na área comercial, são seis temporadas com patrocinador master, seis temporadas trazendo recursos para o clube, reduzindo custos”, iniciou.
“Dentro do clube, só na semana passada a gente teve uma redução, aí com 3 empresas de quase R$108.000. O comercial não é só você trazer aquele patrocínio, mas também essa redução de custo que a gente acaba fazendo no clube no dia a dia, que acaba beneficiando muito. E, claro, sobrando recursos para fazer um investimento em futebol, num CT entre outros locais”, explicou.
Time do coração e apoio a SAF
Apesar de ter trabalhado com diversos clubes, Ricardo possui um time em específico que acompanha e torce desde muito jovem. O amor pelo Bahia é antigo, vivendo tanto as fases mais tristes quanto as mais felizes com a equipe. Diante da nova era com o investimento da SAF do Grupo City, o diretor demonstra total apoio e confiança em uma mudança de patamar do plantel Tricolor.
“Antes de começar no futebol, eu sou torcedor do Bahia, sou ex-sócio do clube nesse momento, mas voltei a me tornar sócio para ajudar o clube nesse momento, eu acho muito importante, principalmente com essa vinda da SAF, porque possibilita até para o torcedor novas conquistas. Então, eu acho que a SAF trouxe a esperança de um Bahia forte, um Bahia da década de 80, um Bahia da década de 50, um Bahia campeão, então eu não vejo como algo ruim em nenhum momento, eu vejo como algo benéfico, inclusive na época fui um dos que mais apoiei a vinda da SAF ao clube, porque eu entendo que o investimento é importante”, destacou.
Fazendo um paralelo com o clube em que defende no momento, que está em processo de se tornar mais uma SAF em território brasileiro, Ricardo defende que este é o melhor caminho para elevar o patamar do clube.
“É algo que a gente também está formatando no Centro Sportivo Alagoano, essa vinda da SAF é um desejo antigo do presidente, porque clubes como o Bahia que passaram por gestões talvez que não souberam aproveitar. O potencial comercial do clube acabou se afundando em dívidas e a Saf vem com essa esperança também de quitar essas dívidas, mas não só quitar as dívidas, e também tornar o time mais competitivo. Tendo um time mais competitivo, automaticamente as receitas aumentam”, afirmou.
Título do Vitória e crescimento regional
Apesar de ser torcedor do Esquadrão de Aço, o profissional valorizou a recente conquista do rival, o Vitória, destacando que é um título importante para o futebol de toda a região baiana e nordestina.
“Primeiro, precisamos analisar que é mais um título para a Bahia, é um título que vem chamando a atenção do futebol nacional. Vitória é um clube centenário, é uma grande conquista, tem muitos amigos, torcedores do Vitória e também profissionais que trabalham no clube, então eu digo que essa colocação da estrela não é só uma colocação de um campeonato, mas a colocação de um sentimento do torcedor do Vitória que já vem há anos, então é uma valorização”, destacou.
Por fim, ele exalta que os dois clubes, independente de rivalidade dentro de campo, devem se unir por fora para elevar o nível de reconhecimento do futebol baiano em âmbito nacional.
“Os dois clubes devem andar unidos, fora de campo, negociando patrocínios, negociando ações, que eleva a marca de ambos os clubes e também coloca o nosso estado no roteiro, mais uma vez, do futebol nacional. Porque é a primeira vez, depois de dez anos ou doze, não sei precisamente, que a gente vai ter dois clubes na Bahia na Série A. Então, não existe motivo para a gente trazer uma rivalidade de campo para fora”, contou.
“Os dois clubes, quando eu trabalhei no Bahia, andavam muito unidos nos bastidores, porque vai possibilitar também ajudar os clubes, hoje, de médio porte, da Bahia, que disputam a Série D, disputam a Série C, porque você chama, você traz esse holofote para o futebol baiano. Então, quem ganha com a União de Bahia e Vitória é o futebol baiano, é um Fluminense de feira, é um Bahia de feira, é uma Juazeirense”, finalizou.