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duas caras - 08/09/2025, 10:13 - Da Redação - Atualizado em 08/09/2025, 11:20

Tenente-coronel investigado por milícia é preso por porte de arma

Oficial recebeu mesada mensal de R$ 15 mil entre 2021 e 2024

Material encontrado na casa do tenente-coronel
Material encontrado na casa do tenente-coronel |  Foto: Divulgação/MP-BA

A casa caiu para para um tenente-coronel da Polícia Militar que vivia como agente duplo. Nesta segunda-feira (8), o oficial virou alvo de prisão em flagrante por posse ilegal de arma sem registro, durante a segunda fase da ‘Operação Terra Justa’. Além disso, ele também é investigado por envolvimento em esquemas de milícia, corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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Segundo investigações do Gaeco, o oficial recebia uma espécie de mesada do grupo miliciano para fazer 'vista grossa' e encobrir ações criminosas. A quadrilha é acusada de invadir terras de comunidades tradicionais da região de Correntina e favorecer os fazendeiros locais.

O valor recebido pelo tenente girava em torno de R$ 15 mil mensais entre 2021 e 2024. Conforme informações das autoridades, o líder da gangue miliciana é um sargento da reserva remunerada da PM, que também está na mira da SSP-BA.

Durante as ações, deflagradas pelo Ministério Público da Bahia, por meio do Gaeco, a Force, a SSP e a PM, foram cumpridos seis mandados de busca e dois de prisão preventiva nos municípios de Correntina, Santa Maria da Vitória e Salvador.

Documentos, aparelhos, armas, munição e outros materiais foram recolhidos e levados para a análise da perícia. Outros possíveis envolvidos nos esquemas criminosos estão sendo investigados.

Esquema milionário

Presos na primeira fase da ‘Operação Terra Justa’, o sargento e um comparsa foram alvos hoje de novos mandados de prisão preventiva. Segundo o MP, ele e mais três suspeitos foram denunciados por organização criminosa voltada para lavagem de dinheiro decorrente da milícia.

Como consequência, foi determinado o bloqueio de bens dos acusados, em valores que podem chegar a mais de R$ 8,4 milhões. Entre 2014 e 2024, somente na conta do sargento da reserva, foram registradas movimentações de aproximadamente R$ 30 milhões, entre créditos e débitos

A maior parte dos depósitos era feita por empresas ligadas ao setor agropecuário. Investigações indicam que contas de terceiros eram usadas para mascarar a origem dos recursos.

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