O returno do Bahia no Campeonato Brasileiro tem sido um verdadeiro pesadelo para os torcedores, que acompanham o time despencar de produção e ter uma queda livre na tabela de classificação. A massa tricolor aponta Rogério Ceni como um dos principais culpados pelo mau rendimento na segunda metade da competição, mas o técnico já tratou de 'tirar o dele da reta' em muitos momentos de insucesso da equipe em 2024.
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Por isso, o Portal MASSA! separou uma série de diferentes justificativas dadas pelo comandante para os resultados negativos dentro de campo, que vão de reclamações em torno das próprias atitudes dos jogadores a fatores relacionados ao mercado de transferências e até questões sobre a Arena Fonte Nova.
Falta de meio-campistas no elenco
Após a derrota por 3 a 2 no primeiro Ba-Vi das finais do Campeonato Baiano, Rogério Ceni disse em entrevista que não tinha peças o suficiente para manter o mesmo estilo de jogo durante 90 minutos. À época, o técnico sofreu críticas devido as substituições que fez no segundo tempo, e deu a seguinte explicação:
"Não temos as trocas necessárias para o modelo de jogo no meio-campo. Temos as trocas para o ataque. (...) Dentro do modelo de jogo que a gente construiu, muito bem treinado, futebol prazeroso de se ver, em determinado minuto, quando o cansaço bate, a gente sofre mais que o normal", justificou.
Gramado da Arena Fonte Nova
Depois do primeiro revés do Bahia como mandante no Campeonato Brasileiro, Rogério fez duras críticas ao gramado da Arena Fonte Nova. Bastante incomodado, o técnico chegou a dizer que era melhor a grama natural ser substituída por uma sintética.
"Hoje o maior motivo, primeiro, mais uma vez falar aqui, qualidade do gramado, a gente passa oito nove dias fora, não melhora absolutamente nada. Nem água eles têm capacidade de colocar para a bola rolar o mais rápido possível. Repito, um gramado que não tem a mínima condição. É preferível ter um gramado sintético do que jogar neste gramado aqui. É triste ter que falar isso", lamentou.
Calendário do futebol brasileiro
Ainda sobre o resultado negativo para o Cuiabá, Ceni fez algumas alterações na equipe titular e utilizou a sequência de jogos como justificativa. Na ocasião, o Bahia teve uma de suas piores atuações na temporada e viu o Dourado vencer por 2 a 1 em Salvador.
"O problema é que são dez jogos e tentamos o máximo ter jogadores com condições físicas, sabíamos que era um jogo de muita força do Cuiabá, jogou no sábado. Jogamos domingo, viajamos, jogamos na quarta, viajamos, passamos a madrugada, viemos hoje jogar aqui com 67 horas de diferença. Sei que pode parecer que estamos justificando, mas a fisiologia cobra, não tem jeito", disse o comandante na época.
Postura dos jogadores em campo
Já no returno da Série A, na reta final da temporada, o Bahia foi até São Januário e teve uma atuação decepcionante diante do Vasco da Gama, onde sofreu três gols ainda no primeiro tempo e conseguiu apenas diminuir para 3 a 2. Para o técnico, o maior problema do time não foi tático, mas sim de uma postura inadequada dos atletas.
"Jogar bem ou jogar mal, faz parte do jogo. Perder ou ganhar, infelizmente, faz parte do jogo, mas o que falo para vocês é sobre a maneira que a gente se posta em campo, um time que jogou tantas vezes e conseguiu tantos bons resultados para a gente se postar dessa maneira é longe de ser aceitável a primeira parte do jogo. Tudo tem o seu limite", cobrou.
Falta de confiança
A mais recente das explicações de Rogério Ceni foi após a derrota para o São Paulo, quando o Tricolor foi goleado por 3 a 0 em plena Arena Fonte Nova. A partida ficou marcada por uma falha grave do goleiro Marcos Felipe, que o técnico atribuiu, junto com outros erros, a uma perda de confiança dos jogadores.
"O que fazia a gente vencer os jogos era que a gente minimizava esses erros. Acho que isso é muito relacionada à perda de confiança que tivemos no últimos mês, com resultados negativos. Hoje a gente tinha tudo para reverter isso, mas não conseguimos controlar o jogo", justificou.