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Tática de controle - 30/10/2025, 07:48 - Da Redação

Presídios federais podem virar casebres de ‘demonhões' do CV

Governo federal entende que pedido pode quebrar as pernas dos líderes da facção

'Traficas' do Rio seguem comandando mesmo atrás das grades
'Traficas' do Rio seguem comandando mesmo atrás das grades |  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A situação está quente no Rio de Janeiro. Depois de uma megaoperação que botou o Complexo da Penha em estado de guerra, o Governo Federal atendeu ao pedido do estado e aceitou transferir dez chefes do Comando Vermelho (CV) para presídios federais de segurança máxima. O movimento tenta isolar os líderes que passam ordens de dentro das cadeias. Mas, por enquanto, a mudança ainda depende do aval da Justiça do Rio.

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Os 'traficas' estão presos no Complexo de Gericinó, em Bangu, e fazem parte do alto escalão da facção. Entre eles, Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, e Edgar Alves de Andrade, o Doca, também chamado de Urso. Segundo a polícia, mesmo atrás das grades, eles seguem controlando o tráfico em comunidades do Alemão e da Penha, com ajuda de aliados armados até os dentes. As informações são do g1.

Na manhã desta terça-feira (28), agentes de segurança gravaram o início da operação. As imagens mostram 23 homens fortemente armados reunidos no alto do morro, na preparação para escaparem pela mata. Alguns estavam com roupas camufladas e fardas parecidas com as da polícia, o que deixou a identificação ainda mais difícil.

Indivíduos de vários estados

Em outro trecho da gravação, a cena é ainda mais tensa: dezenas de faccionados aparecem perto da mata. A polícia afirma que entre eles estavam os 'cabeças' do tráfico de outros estados, como Bahia, Goiás, Espírito Santo, Ceará, Amazonas e Pará, além de nomes da cúpula da facção no Rio. As investigações indicam que Doca já tinha deixado a área de casas do Complexo da Penha e se escondido na Serra da Misericórdia, onde aconteceu o confronto mais pesado.

Soldados do crime na atividade

A mesma mata usada na fuga também funciona como área de treinamento para os novos integrantes da facção, a exemplo de menores de idade. Segundo a polícia, é lá que os novatos aprendem as táticas de guerra usadas pelos grupos armados nas comunidades.

Imagens incluídas no relatório da investigação mostram cenas de extrema violência, como o momento em que um homem é arrastado por uma moto, acusado de ter roubado dinheiro do tráfico. Acredita-se que ele foi morto logo depois.

Dados das polícias Civil e Militar apontam que seis em cada dez comunidades estão sob o domínio da facção. O restante é comandado por milicianos e outros grupos criminosos.

Taxa-crime

Nos últimos anos, o CV mudou o jeito de explorar os territórios. Além da venda de drogas, a facção passou a cobrar taxas pra que moradores tenham acesso a serviços básicos, como gás, transporte e internet.

O grupo também expandiu a atuação pra outras regiões do país. De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senapen), o Comando Vermelho já está presente em 24 estados e no Distrito Federal.

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