O empresário Fábio Luis Ceuta de Lacerda, conhecido como Fábio “Pipa”, teve a liberdade provisória concedida após audiência de custódia, na última quinta-feira (22). Ele foi preso em flagrante após descumprir medidas cautelares e protetivas que determinavam distanciamento das empresas e dos seus pais após ser acusado de maus tratos contra os idosos.
Antes da audiência de custódia, que colocou o empresário em liberdade, a defesa apresentou duas cartas escritas pelos pais de Fábio, José Roque e Maria Ceuta, as quais a equipe do A Tarde teve acesso. Os documentos, que foram escritos à mão, solicitaram à Justiça que o empresário fosse colocado em liberdade. No conteúdo, eles ainda afirmam que as medidas protetivas concedidas anteriormente não eram necessárias.
"As medidas determinadas no processo (...) não são necessárias para resguarda em relação a minha pessoa, bem como, que a soltura do meu filho não causará qualquer dano a mim, sendo desnecessária a prisão dele", diz trecho dos dois documentos.
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Na decisão, a juíza Marcela Moura França Pamponet, titular da Vara de Audiência de Custódia, não faz menção às cartas. Entretanto, dentre os requisitos para conceder a liberdade provisória, a juíza manteve integralmente as medidas protetivas de afastamento das empresas e dos pais.
Em entrevista ao Portal A Tarde, a irmã de Fábio "Pipa", Maria Lacerda disse que espera que ele "passe a respeitar as decisões judiciais". A defesa do empresário acusa a irmã de ser responsável pelas denúncias e por manipular os pais.