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Combate - 25/03/2024, 06:00 - Silvânia Nascimento

Enfrentamento: Werner diz que SSP não vai baixar a guarda para facções

Em entrevista exclusiva ao Portal MASSA!, titular da SSP garantiu que as polícias estão atentas

Marcelo Werner, secretário da SSP
Marcelo Werner, secretário da SSP |  Foto: Shirley Stolze | Ag A TARDE

Tem sido comum na Bahia ocorrências violentas envolvendo facções criminosas, causadas, na maioria das vezes, por brigas entre bandos rivais que insistem em disputar espaços para a implantação do comércio ilegal de armas e drogas.

Como consequência desses conflitos, esses indivíduos saem da linha das ameaças e, de maneira muito fria, partem direto para a prática de homicídio. Nessa disputa por território, optam por tirar a vida de desafetos que eles enxergam como grandes concorrentes para assumir o posto que tanto almejam.

Em entrevista exclusiva ao Portal MASSA!, o titular da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Marcelo Werner, deixou claro que o Estado, por meio da SSP, não vai baixar a guarda para a criminalidade, sobretudo, para as ações terroristas comandadas por integrantes de facções.

"Elas [facções] chegam com uma dinâmica de violência terrível. Uma dinâmica política que elas têm para poder, vamos dizer assim, garantir o território causando medo, mas também para garantir, em especial, o seu mercado. Porque essa disputa por território, nada mais é do que uma disputa econômica, de força. O cara quer pegar a boca do outro para dizer que ele é maior. E o Estado não vai ser conivente com esse tipo de coisa", Marcelo Werner

Um dos sérios problemas que as forças de segurança do Brasil têm enfrentado é a rápida expansão de grandes facões para outros estados do país. Na última quinta-feira (21), por exemplo, uma operação da Polícia Civil, no interior da Bahia, resultou na localização de um líder criminoso que possuía ligação direta com uma facção do Rio de Janeiro (RJ).

Pedro Víctor Fatel Costa Leite, o "Fatel", era aliado ao bando do RJ e, juntos, comandavam o tráfico de drogas e homicídios nas regiões sudoeste, baixo sul e sul da Bahia. Segundo a polícia, no momento que foi localizado, ele mediu força com as equipes, houve confronto e ele não resistiu.

Esse acontecimento pode ser associado, também, a mais um posicionamento de Marcelo Werner que, ainda durante conversa com o MASSA!, deixou claro que o enfrentamento ousado por parte da criminalidade será respondido à altura.

"Eu tenho feito diversas ações transversais com a Educação, com a Justiça, com a Seap, mas se isso não servir, e ele [criminoso] quiser ir para a imaginária dele de fazer enfrentamento, a gente tem que fazer esse enfrentamento. Nós não podemos permitir que as facções continuem propagando violência gratuita, seja contra outra facção, muito menos, contra a própria população que está dentro daquela unidade onde ele se instalou pra querer garantir o seu território.Por isso que a polícia tem tido essa atividade", cravou Werner sobre as ações repressivas.

Polícia Federal sobre poder bélico das facções

O número significativo de armas apreendidas com bandidos durante operações policiais também tem chamado atenção. Para o delegado da Polícia Federal, Diego Gordilho, esse arsenal de revólveres, pistolas, fuzis, por parte dos grupos criminosos, está associado a necessidade que os bandos têm de enfrentar os órgãos de segurança.

"Digamos que são vários fatores, mas um dos principais que eu posso destacar é o enfrentamento que as organizações criminosas estão tendo com os órgãos estatais. Vocês podem ver o número crescente de operações que envolvem resistentes, porque, na verdade, os criminosos não estão mais, de certa forma, se rendendo, se entregando. Eles estão indo para o confronto com os policiais. Então, obviamente que o policial, de forma legítima, tem que agir para cessar essa injusta agressão", explicou Gordilho.

"Por causa desse poder, dessa necessidade para conquistar e dominar espaços territoriais, as organizações criminosas têm buscado, realmente, aumentar o seu poder bélico", completou o delegado da PF.

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