
Sinais, pintinhas, verrugas... tudo isso costuma aparecer no corpo. Mas será que essas modificações são normais? Quando é hora de procurar um especialista?
De acordo com a dermatologista Priscila Neri, algumas aparições no corpo merecem atenção. "O surgimento de novas pintas de coloração castanha ou enegrecida, lesões assimétricas, mudanças no tamanho ou na coloração das pontas, sangramento ou surgimento de lesões de qualquer coloração que não cicatrizam devem ser considerados sinais de alarme para a busca de avaliação dermatológica precoce".
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Ainda segundo a médica, quando há o surgimento de pintas é fundamental diferenciar quais são as benignas e quais apresentam sinais suspeitos para melanoma. No caso das verrugas, a conduta é a mesma. É preciso entender quais lesões são benignas e quais apresentam características suspeitas e de risco para o surgimento de carcinoma escamocelular e carcinoma basocelular, que são os tipos de câncer mais comuns no Brasil.

Dessa forma, o dermatologista é capaz de diferenciar as lesões 'de boas' das lesões suspeitas nas consultas de rotina e com o auxílio da dermatoscopia, exame que permite os profissionais visualizaram as lesões de forma mais detalhada e precisa.
Boa notícia
A boa notícia é que nem toda verruga é sinal de câncer. As lesões popularmente conhecidas como verrugas podem representar um grupo de lesões benignas sem risco de transformação para câncer de pele no futuro, como verrugas virais ou queratoses seborreicas, por exemplo.
Por isso, a avaliação do dermatologista é fundamental para diferenciar quais verrugas são suspeitas ou podem representar um risco de câncer de pele no futuro, e quais são benignas e inofensivas.
Sinais de alerta
Apesar dos sinais serem comuns em muitas pessoas, é preciso ter atenção em determinados sintomas. “A maior parte das lesões de câncer de pele são silenciosas, indolores e sem sintomas de coceira ou sangramento associado. Por isso, não devemos esperar o surgimento desses sintomas para suspeitar de uma lesão, evitando assim o diagnóstico e tratamento tardio".
Pintas e lesões que não cicatrizam e que apresentam esses sintomas devem ser avaliadas de forma imediata pelo dermatologista.
Priscila Neri
Pacientes com muitas pintas, com pintas grandes e assimétricas no tamanho e coloração, ou com história familiar de melanoma apresentam um maior risco para o surgimento desse tipo de câncer de pele.
“Dessa forma, o acompanhamento com o dermatologista é fundamental e deve ser realizado com uma maior frequência para esses pacientes. Quem possui alto risco para melanoma é recomendado também o exame de mapeamento corporal total para o diagnóstico precoce e monitoramento de lesões suspeitas. Além disso, a proteção solar deve ser reforçada e ainda maior nesse grupo de pacientes”, finalizou a médica.
