Um dos suspeitos de participar do assassinato de Mãe Bernadete foi preso, nesta sexta-feira (12), durante uma operação da Polícia Civil (PC-BA) em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Identificado como Josevan Dionísio dos Santos, mais conhecido pelos vulgos de ‘BZ’ e ‘Buzuim’, ele também é acusado de crimes como homicídio, tráfico de drogas e roubo.
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Buzuim era um dos homens mais procurados do estado e tinha dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão em aberto. Nesta sexta, ele se trancou em casa e fez os próprios filhos e esposa como reféns quando notou a chegada dos policiais.
BZ morava no Núcleo Habitacional Rubens Costa, no Cia I. Equipes do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), com apoio da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) isolaram a área para que o processo de negociação fosse iniciado.
Ele se entregou às autoridades pouco antes das 8h. Durante a operação, os agentes apreenderam uma pistola calibre 9mm, de fabricação turca e com numeração raspada.
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As autoridades apontaram Josevan como um dos executores imediatos da morte da líder quilombola e Ialorixá Maria Bernadete Pacífico, que tinha 72 anos. O crime brutal aconteceu em agosto de 2023, na frente de alguns familiares da vítima, quando homens armados invadiram a residência dela, dentro do quilombo Pitanga dos Palmares, e a executaram a tiros.
Integrante do Baralho do Crime desde 2024, ele ocupava a carta Nove de Ouros. A ferramenta da Secretaria de Segurança Pública reúne os bandidos mais barra pesada da Bahia. BZ foi conduzido à sede do Denarc, passou por exames legais e está custodiado à disposição do Poder Judiciário.
Entenda o caso
Segundo as investigações, Mãe Bernadete, que era coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), teria sido morta a mando de lideranças de um grupo criminoso que queria expandir o tráfico na barragem de Pitanga dos Palmares, uma área de preservação ambiental. Os interesses da facção estariam sendo atrapalhados pelo trabalho feito pela líder quilombola.
“A motivação do crime está relacionada à resistência da vítima contra a expansão do tráfico de drogas em territórios tradicionais. Mãe Bernadete era uma voz ativa na defesa dos direitos humanos e denunciava a atuação de facções criminosas na região”, diz a nota da PC-BA.
O inquérito do caso indiciou seis pessoas, sendo que cinco delas já foram presas. O último envolvido no caso, Marílio dos Santos, conhecido como “Maquinista”, permanece foragido, mas está sendo procurado pela polícia.
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