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cartas marcadas - 03/04/2024, 12:07 - Da Redação - Atualizado em 03/04/2024, 12:23

Envolvidos na morte de Mãe Bernadete entram no Baralho do Crime

Trio de criminosos é procurado por homicídios e atuam nas cidades de Simões Filho e São Sebastião do Passé

Trio é envolvido com morte da líder quilombola Mãe Bernadete
Trio é envolvido com morte da líder quilombola Mãe Bernadete |  Foto: Divulgação

Três maus elementos, envolvidos na morte da líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, conhecida como “Mãe Bernadete”, viraram 'cartas marcadas' no Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública, nesta quarta-feira (3).

O trio foi inserido no naipe de ‘Ouros’ e é procurado por praticar homicídios nas cidades de Simões Filho e São Sebastião do Passé, situados na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

No topo do naipe, o ‘Ás de Ouros’, foi adicionado Marílio dos Santos, vulgo “Maquinista” ou “Gordo”. Ele é apontado como um dos chefões do bonde criminoso que atua nas cidades de Simões Filho e São Sebastião do Passé. Sendo alvo da Operação Pacific, da Polícia Civil, que apurou a morte de Mãe Bernadete.

Chefão do bonde criminoso e mandante da morte de Mãe Bernadete
Chefão do bonde criminoso e mandante da morte de Mãe Bernadete | Foto: Divulgação

Investigações apontam que o criminoso agiu como o mandante e mentor intelectual do crime. A líder religiosa, que era representante do “Quilombo Caipora”, localizado na comunidade de Pitanga dos Palmares, foi morta na noite do dia 17 de agosto do ano passado, no interior da sede da Associação Quilombola.

De acordo com a denúncia do Ministério Público da Bahia, os ideais da ialorixá e a sua luta para manter a ordem dentro da comunidade quilombola, passou a conflitar com os interesses dos traficantes da região. Percebendo que a liderança de Maria Bernadete impediria a expansão do comércio de entorpecentes e de outros negócios rentáveis no entorno da barragem de Pitanga dos Palmares, área de preservação ambiental, “Maquinista” deu a ordem para que Bernadete fosse executada.

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Ele também é foragido da operação da Policia Federal batizada de ‘Tarja Preta’, que teve como objetivo de identificar líderes de uma organização criminosa.

Outros alvos

O novo representante da carta ‘Dama de Ouros’ é Ydney Carlos dos Santos de Jesus, conhecido como “Café”. Na posição de gerente do tráfico local e sendo apontado na denúncia do MP como subordinado e ‘braço’ direito de “Maquinista”, “Café” teria auxiliado no plano de execução da ialorixá.

Apontado como suposto ‘braço’ direito de “Maquinista”
Apontado como suposto ‘braço’ direito de “Maquinista” | Foto: Divulgação

Por fim, na carta ‘Nove de Ouros’ foi inserido Josevan Dionisio dos Santos, o “BZ” ou “Buzuim”. Possuindo dois mandados de prisão pelos crimes de homicídio e roubo, ao receber a ordem de “Maquinista” e instrução de “Café”, Josevan é apontado como um dos executores imediatos do crime.

Apontado como um dos executores imediatos do crime.
Apontado como um dos executores imediatos do crime. | Foto: Divulgação

Relembre o caso

Bernadete Pacífico, líder quilombola e ialorixá de 72 anos, foi assassinada a tiros em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (RMS), na noite de 17 de agosto de 2023. Seis anos antes da morte do filho, Fábio Gabriel Pacífico dos Santos.

Também conhecida como Mãe Bernadete, ela era a matriarca do quilombo Pitanga dos Palmares e ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, dedicando sua vida à luta pelos direitos dos quilombolas.

Segundo um dos filhos dela, Wellington Santos, na noite da fatalidade dois homens invadiram o terreiro do quilombo e a executaram, afastando as crianças presentes e disparando 12 tiros. Bernadete estava com três netos e outra criança no momento do ataque.

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