O sistema penitenciário é composto por unidades criadas onde os criminosos são punidos pelas infrações cometidas, isolando eles da sociedade a fim de evitar que sejam um risco. No entanto, mesmo atrás das grades, alguns elementos continuam praticando delitos, como o gerenciamento do tráfico de drogas e até mesmo organização de chacinas dentro e fora da cadeia.
Exemplo disso é o criminoso vulgo ‘Lúcifer’, que é um dos infratores mais temidos entre os presidiários do sistema penal brasileiro. Identificado como Marcos Paulo da Silva, ele já cometeu 50 assassinatos brutais dentro dos presídios e diz que eliminar elementos de outras facções é a missão da sua vida. Atualmente, ele está condenado a mais de 200 anos de cadeia.
Outro bandidão que não segurou o impulso sanguinário, mesmo no xilindró, foi Pedro Rodrigues Filho, mais conhecido como ‘Pedrinho Matador’. O serial killer, que carregava mais de 100 homicídios nas costas, cometeu a maior parte dos assassinatos dentro das penitenciárias, chegando a ceifar detentos no refeitório, na cela, no pátio e até mesmo dentro do camburão policial.
Ele, que ficou décadas preso, estava em liberdade desde 2018 e foi morto no dia 5 de março de 2023.
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Sistema penal baiano
As penitenciárias da Bahia também são locais onde os criminosos não se intimidam pelo xadrez e continuam cometendo infrações, mesmo encarcerados. Neste ano, as forças de segurança do estado realizaram operações nos presídios e identificaram alguns dos ‘cabeças’ que ordenavam crimes de dentro das selas.
Relembre:
Franquilin da Silva, vulgo 'Ureia': Apontado como um dos chefões da facção criminosa Comando Vermelho (CV), ele comandava o tráfico de drogas e armas, além de ordenar assassinatos de dentro do sistema prisional, em Juazeiro. Ureia também dava um jeito de manter contato com criminosos de outros presídios para fins marginalizados.
Averaldo Ferreira da Silva Filho, conhecido como ‘Averaldinho’: Um dos ‘braços’ do bonde do PCC na Bahia, ‘Averaldinho’ está preso desde fevereiro de 2023. Mesmo na cadeia, o elemento continuava dando ordens aos ‘parceiros’ para executar rivais do lado de fora e gerenciava o comércio ilegal de entorpecentes.
Antonio Dias de Jesus, apelidado de ‘Colorido’: Considerado o maior traficante da Região Metropolitana de Salvador (RMS), o criminoso é mais um que não se limitava por estar preso e tocava o terror por trás das grades. Também ligado ao PCC, ‘Colorido’ mantinha contato com presidiários de outras unidades e chefiava crimes de dentro e fora da prisão.