Deflagrada há cinco dias, a Operação Angerona já apresenta resultados positivos nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI´s) em Feira de Santana. Nesta sexta-feira (25), a Seap divulgou que, em comparação com o mesmo período de 2023, as ocorrências apresentaram uma redução significativa de 83%.
A missão, deflagrada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) na segunda-feira (21), tem como objetivo desarticular o contato dos bandidos presos no Conjunto Penal de Feira de Santana com outros elementos soltos nas ruas.
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Redução nos casos
Segundo informações divulgadas pela Seap, apenas um homicídio foi registrado na cidade baiana entre segunda (21) e quinta-feira (24). Em contrapartida, no ano anterior seis casos da mesma natureza foram computados no mesmo período.
Entre os mais de 1.900 internos, estão 34 presos que, antes de serem detidos, atuavam como chefões de bondes criminosos fora da cadeia. Eles passaram por revistas e suas celas foram revistadas.
A pasta também afirmou que, até quinta-feira, dezenas de armas brancas foram tomadas dos detentos presentes em mais de 300 celas do conjunto penal.
O sistema de reconhecimento facial da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) foi implantado nos arredores da penitenciária para ajudar nas ações. Além disso, uma base móvel de monitoramento foi instalada na unidade prisional, afim de 'pegar a visão' de suspeitos que caminhem pelas áreas.
Envolvidos na megaoperação
A Operação Angerona é coordenada pela Superintendência de Gestão Prisional (SGP), com a atuação da Diretoria de Segurança Prisional (DSP), do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP), da Central de Monitoração Eletrônica de Pessoas (CMEP), Coordenação de Monitoração e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP), Grupo de Segurança Institucional (GSI).
A megaoperação também tem a participação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo Especial de Combate as Organizações Criminosas e Investigações (Gaeco) e o Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep), da SSP-BA por meio da Polícia Militar e da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).