A Operação Angerona, deflagrada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) nesta segunda-feira (21), em Feira de Santana, resultou na apreensão de aparelhos celulares em sete celas do Conjunto Penal de Feira de Santana, além de chips de telefonia celular, cartões de memória, pendrives, armas brancas improvisadas e porções de drogas.
O objetivo da ação é interromper a comunicação entre criminosos que operam dentro e fora do presídio, de modo a fortalecer a segurança pública e o controle sobre os internos. Mais de 40 celas foram revistadas e a ação recebeu o nome de 'Angerona' em referência à deusa do silêncio.
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Com mais de 250 agentes envolvidos, incluindo policiais penais, militares e equipes do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), a operação integrou as Secretarias Nacional de Políticas Penais (Senappen), da Segurança Publica (SSP) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Na Seap, a operação é coordenada pela Superintendência de Gestão Prisional (SGP), com a atuação do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP), Central de Monitoração Eletrônica de Pessoas (CMEP), Grupo de Segurança Institucional (GSI), a Coordenação de Monitoramento e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP) e Policiais Penais Ordinários.
Em entrevista ao Grupo A TARDE, o promotor do MP-BA, Edmundo Reis, explicou como o esquema de comunicação ocorre. “As formas mais comuns são através de recados de visitantes e celulares que entram ilegalmente no presídio”, disse. Ele também confirmou a presença de facções criminosas, ressaltando que a unidade, com cerca de 1.950 presos em 11 pavilhões, abriga detentos de diversas localidades, destacando que o tráfico de drogas é, de fato, controlado por esses grupos.
O Portal MASSA! obteve vídeos que mostram policiais do GEOP enquanto surpreendiam os internos nesta segunda-feira. De acordo com a SEAP, ações como esta têm um impacto direto na redução dos índices de criminalidade na Princesa do Sertão e nas cidades vizinhas.
Ainda segundo o órgão, este foi apenas o primeiro dia da operação. As ações continuam com a finalidade de eliminar qualquer canal de comunicação ou relação dos internos da unidade prisional com a criminalidade nas ruas da cidade e regiões adjacentes.
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