Uma megaoperação foi lançada, na manhã desta segunda-feira (21), no Conjunto Penal de Feira de Santana (CPFS), a maior unidade prisional da Bahia, com o objetivo de interromper a comunicação entre criminosos dentro e fora da prisão. Em entrevista ao Portal A TARDE, o promotor do Ministério Público da Bahia (MP-BA) Edmundo Reis explicou como o esquema de comunicação ocorre.
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“As formas mais comuns são através de recados de visitantes e celulares que entram ilegalmente no presídio. Durante a operação, celas serão revistadas e todo tipo de comunicação será contabilizado e apreendido”. Além disso, a ação visa localizar armas e drogas.
Em relação às medidas a serem tomadas contra os envolvidos, o promotor destacou que isso pode resultar em procedimentos administrativos ou disciplinares, como transferências ou investigações pela Polícia Civil, com a possibilidade de novas penas, dependendo das provas materiais.
“Obviamente cada caso é um caso e vai depender das provas e do material apreendido durante a operação”, destacou.
Edmundo também confirmou a presença de facções criminosas, embora não tenha especificado quais ou quantas, ressaltando que a unidade, com cerca de 1.950 presos em 11 pavilhões, abriga detentos de diversas localidades, destacando que o tráfico de drogas é, de fato, controlado por essas facções.
Segundo a unidade, a operação busca fortalecer a segurança pública e a integridade do sistema prisional, garantindo maior controle sobre os internos e contribuindo para a redução das atividades criminosas que possam ter origem no interior das Unidades Prisionais. A ação recebeu o nome de "Angerona" em referência à deusa do silêncio.
A operação conta com a atuação de mais de 250 policiais e é coordenada na Seap pela Superintendência de Gestão Prisional (SGP), com a atuação do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP), Central de Monitoração Eletrônica de Pessoas (CMEP), a Coordenação de Monitoramento e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP) e Policiais Penais Ordinários.