Dois policiais civis paulistas suspeitos de ligação com membros da facção criminosa PCC, ambos alvos da operação da Polícia Federal e Promotoria na terça-feira (17), movimentaram ao menos R$ 25 milhões em um intervalo de sete anos. O levantamento foi feito pela Folha de São Paulo.
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De acordo com o estudo, a maior parte do patrimônio envolve compra e venda de imóveis. O investigador Eduardo Lopes Monteiro, preso na operação Tácito, movimentou cerca de R$ 12 milhões, e o agente Rogério de Almeida Felício, considerado foragido, movimentou cerca de R$ 13 milhões, conforme o levantamento.
Como funcionários públicos, Monteiro recebe um salário bruto de R$ 11.985 (R$ 5.504,70 líquidos), e Felício ganha mensalmente R$ 7.911 (R$ 7.337,17 com descontos), conforme dados oficiais.
As defesas dos policiais afirmaram à Folha que as movimentações ocorreram dentro da lei e que ambas foram investigadas pela Promotoria no passado, sem que tenham sido encontradas irregularidades. Também negaram a ligação com o crime organizado e retiraram necessariamente o pedido de prisão.
Os nomes de Monteiro e Felício ficaram conhecidos em novembro deste ano quando foram divulgados parte da delação do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, assassinado no aeroporto de Guarulhos.