Fugir de emboscadas policiais requer agilidade no dia a dia dos soldados da criminalidade, em Salvador. Para manter controle, gestão e ordem, seja em uma ‘boca de fumo’ antiga, seja em uma localidade recém-dominada, facções criminosas adotaram uma estratégia que já pode ser considerada ‘das antigas’.
A partir do momento que o aviãozinho avisa que há policiais no território, é dada a largada para fugirem ou defenderem seus postos. No meio dessa batalha - quase que diária - os moradores ficam vulneráveis e, por vezes, são mantidos reféns das miras de armas de fogo.
Um dos casos que reflete essa máxima aconteceu na manhã desta segunda-feira (1°). Quatro homens, entre eles um menor de idade, invadiram uma residência onde tinham, no mínimo, três moradoras, entre elas uma idosa. O caso ocorreu na Rua 1° de Janeiro, no bairro da Cidade Nova.
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Após mais de duas horas, o bonde foi preso, como é de costume, mas que, recentemente, ampliou o alerta. O Portal MASSA! fez um levantamento que mostra que, ao menos, seis crimes tiveram reféns há pouco mais de um semestre de 2024.
Virou moda
12 de janeiro: duas mulheres, sem idades reveladas, foram feitas reféns no bairro de Saramandaia; crianças estiveram sob a mira de criminosos, no bairro da Boca do Rio. Os casos aconteceram na tarde de um mesmo dia.
16 de fevereiro: mãe, de 22 anos, e filha, de 4 anos, foram ameaçadas por três horas, no bairro de Periperi.
19 de abril: uma mulher e duas crianças foram feitas reféns, no bairro de Alto de Coutos, em Salvador.
29 de abril: dois idosos viraram reféns por três horas, no bairro de Tancredo Neves.
31 de maio: idosa feita refém, no bairro de Campinas de Pirajá.
Esquema
Em todas as situações manjadas e usadas como estratégias para fugir do cerco policial, os indivíduos costumam fazer lives e cobrar aproximação da imprensa e de advogados.
Na maior parte dos casos, os meliantes acabam detidos, mas, costumeiramente, acrescentam novos episódios dessa rotina.
Na busca por dados quantitativos sobre o número de crimes com reféns, em 2024, o Portal MASSA! buscou informações com a Polícia Civil da Bahia (PC-BA).
Por meio de nota, a corporação se limitou a dizer que não tem “dados estatísticos que atendam a esse recorte”.