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Criminalidade sem vez - 22/02/2025, 07:00 - Bruno Dias

Conheça a FICCO, força-tarefa policial que tem 'enjaulado' criminosos baianos

Delegado da Polícia Federal e coordenador da FICCO-BA, Eduardo Badaró, concedeu entrevista exclusiva para o Portal MASSA!

FICCO foi implantada na Bahia em 11 de agosto de 2023
FICCO foi implantada na Bahia em 11 de agosto de 2023 |  Foto: Alberto Maraux / SSP

Implantada na Bahia em 11 de agosto de 2023, pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e pela Superintendência Regional da Polícia Federal (PF), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) vem encurralando o crime organizado no estado, com diversas operações e prisões realizadas.

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A força-tarefa é coordenada pelo Delegado da Polícia Federal, Eduardo Badaró, que concedeu entrevista exclusiva ao Portal MASSA!. Ele explicou que a iniciativa é um projeto da Polícia Federal, mas a coordenação é feita de forma conjunta, com foco em fechar o cerco contra organizações criminosas que atuam no território baiano.

“Atuamos de forma conjunta e horizontal dentro da FICCO. Trabalhamos dentro de um mesmo espaço físico, junto com o policial federal, policial civil, policial militar, policial rodoviário federal e policial penal. Todos da Bahia e direcionados para o trabalho aqui na Bahia”, destacou.

Segundo o oficial, a FICCO possui um diferencial em relação a outras ações cooperativas entre as polícias, como a integração desde o início da investigação até a execução das operações. “Atuamos desde aquele primeiro dado, desde aquela primeira informação da investigação até a deflagração, incluindo o cumprimento de mandados de busca e de prisão. Efetivamente, há uma ação integrada durante toda a investigação”.

“Esses policiais trabalham em conjunto, buscando dados, buscando informações, produzindo documentos, e cada um na sua expertise; cada um na sua área de atuação”, explicou o delegado.

Facções enfraquecidas pela FICCO

As ações integradas têm gerado bons resultados, com prisões de líderes de facções criminosas e apreensões de armas de fogo. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, em 7 de janeiro, 94 ‘cabeças caras’ foram capturadas ao longo de 2024, sendo 22 delas pertencentes ao Baralho do Crime.

Além disso, 86 fuzis foram apreendidos neste período, todos durante as operações integradas pela FICCO e outras frentes policiais.

Delegado da Polícia Federal e coordenador da FICCO-BA, Eduardo Badaró
Delegado da Polícia Federal e coordenador da FICCO-BA, Eduardo Badaró | Foto: Bernardo Rego | Ag. A TARDE

O ‘trampo’ segue a todo vapor neste início de ano, com mais operações sendo deflagradas. Um reflexo disso foi a prisão de Lucas Cardoso, vulgo ‘Pateta’, um dos principais líderes do Bonde do Maluco (BDM) no Centro de Salvador. Na manhã do dia 13 de fevereiro ele foi capturado na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

A organização também tem desarticulado lideranças ‘malocadas’ em outros estados, mas que continuam influenciando o crime organizado na Bahia. Exemplos disso são o 'Playboy', do PCC, capturado em Santa Catarina, e 'Edcity', do Comando Vermelho (CV), preso no Mato Grosso. Ambos foram 'enjaulados' durante operações com atuação da FICCO.

Badaró destacou que a união das forças policiais é a chave para enfraquecer os bondes criminosos. “A Polícia Militar faz o levantamento de informações na rua; a Polícia Civil traz investigações e inteligência; a Polícia Rodoviária Federal tem expertise na análise de estradas e veículos; e a Polícia Federal agrega tecnologia e know-how de grandes investigações. Nós conseguimos atuar com bastante efetividade, principalmente no combate às facções criminosas, trazendo bons resultados de investigações”, finalizou.

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