Maria Marighella, atual presidente da Fundação Nacional de Artes e vereadora licenciada de Salvador, exigiu, nesta sexta-feira (18), reconhecimento da história, verdade e justiça, além de também pedir o respeito pelas comunidades quilombolas e suas áreas, em resposta ao assassinato de Mãe Bernadete, a líder de Pitanga dos Palmares.
"Mãe Bernadete é/foi/será sempre fonte inesgotável de sabedoria e voz na reivindicação de justiça ambiental, social e racial. Seu legado permanece e aos poderes constituídos fica o dever de resposta: quem matou Binho? Quem matou Mãe Bernadete? Quem são seus mandantes e o porquê", questionou a presidenta da Funarte e vereadora licenciada.
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Maria Bernadete Pacífico, mulher preta, coordenadora Nacional de Articulação de Quilombos, ex-secretária de Igualdade Racial de Simões Filho-BA, candomblecista, foi executada na noite da última quinta-feira (17) da mesma forma que seu filho, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, Binho, há seis anos.
"Quando uma Yalorixá é assassinada a tiros dentro do seu terreiro estamos diante da barbárie. Assim como seu filho, morto da mesma forma há seis anos, ela era farol na luta por direitos das comunidades quilombolas e contra as ameaças aos seus territórios pelo racismo e especulação imobiliária", afirmou Maria Marighella.