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Largou o doce - 18/08/2023, 11:36 - Anderson Orrico - Atualizado em 18/08/2023, 12:46

"Não podemos naturalizar a morte do nosso povo negro", brada Hilton

Deputado afirmou que as câmeras nos fardamentos é uma questão de urgência

Hilton durante ato nesta sexta
Hilton durante ato nesta sexta |  Foto: Anderson Orrico/MASSA

O deputado estadual Hilton Coelho esteve presente no ato contra o genocídio do povo negro, realizado no centro de Salvador, e afirmou com exclusividade ao Portal MASSA! que a morte da líder Bernadete é mais um caso que exemplifica o que está acontecendo na Bahia.

"A gente vê nas pessoas afetadas o que o Estado não quer mais reconhecer, que são índices que são absolutamente inaceitáveis. Nós não podemos naturalizar essa situação. A Bahia é o Estado que tem mais mortes violentas do Brasil, superando São Paulo e Rio de Janeiro, que são situações de guerra também. Então nós não podemos deixar de considerar que isso é fruto de uma política de segurança pública", disse Hilton

O deputado defende que o debate seja democratizado e implementadas ações que deem resultado imediato.

"É preciso entender que a sociedade não vai aceitar essa naturalização de forma nenhuma, implementar posições que podem dar um resultado imediato, emergencial, como as câmeras nos fardamentos dos policiais, um projeto que nós aprovamos inclusive por unanimidade na Assembleia Legislativa, e, sobretudo, chamar a sociedade, os movimentos sociais, as representações das comunidades para discutir uma verdadeira política de segurança pública, e não a continuidade dessa política de genocídio na nossa juventude negra e periférica", destacou.

Ainda de acordo com Hilton Coelho, o PSol vai tomar pra cima para poder garantir um programa de segurança eficaz.

"Seja no Judiciário, seja no Parlamento, em consonância com os indivíduos e com os movimentos. Hoje, o maior esforço que nós estamos fazendo junto com os movimentos sociais é para aprovar na Assembleia Legislativa a CPI do Genocídio do povo negro e periférico. Ela que é capaz de levantar um conjunto de dados para formar uma outra política de segurança pública. Essa é a nossa prioridade hoje. Fazer vir a tona o que são os milhares e milhares de acontecimentos tenebrosos na Bahia referentes à segurança pública que precisam ser analisados, como vidas que foram perdidas, pessoas que deixaram de estar entre as suas famílias", finalizou.

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