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Indignação - 18/08/2023, 12:14 - Da Redação

Defensoria Pública se pronuncia sobre assassinato de Mãe Bernadete

Líder do Quilombo Pitanga dos Palmares foi assassinada a tiros na noite desta quinta-feira (17)

Mãe Bernadete foi assassinada em Simões Filho
Mãe Bernadete foi assassinada em Simões Filho |  Foto: Reprodução/Conaq

A Defensoria Pública da União se pronunciou sobre o assassinato de Mãe Bernadete, que ocorreu na noite de quinta-feira (17), em Simões Filho.

Mãe Bernadete foi morta por criminosos que invadiram o terreiro da comunidade Quilombo Pitanga dos Palmares, fizeram familiares reféns e a executaram.

Ela é mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, assassinado há quase seis anos, no dia 19 de setembro de 2017.

Confira a nota da Defensoria

É com profundo pesar e indignação que a Defensoria Pública da União (DPU) vem publicamente lamentar o assassinato da líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, Yalorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho (BA), Maria Bernadete Pacífico. O crime aconteceu na noite desta quinta-feira (17).

É crucial que sejam tomadas medidas imediatas não só para a investigação e apuração dos responsáveis por este crime como também para a proteção das lideranças do Quilombo de Pitanga de Palmares. Há quase seis anos, no dia 19 de setembro de 2017, o filho de Mãe Bernadete, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, também foi executado. Até quando líderes quilombolas e defensores dos Direitos Humanos serão silenciados?

Que esta perda irreparável, não apenas para a comunidade quilombola, mas para todo o movimento de defesa dos Direitos Humanos, não se torne mais uma ocorrência de violência, entre tantas, contra povos e comunidades tradicionais.

A partida de Mãe Bernadete deixa uma lacuna imensa na luta pela preservação da cultura afro-brasileira e dos direitos das comunidades quilombolas. Ela foi uma inspiração para todos que a conheceram, dedicando sua vida a combater a discriminação, promover a igualdade e preservar as tradições ancestrais. Seu legado de determinação e resistência continuará a iluminar o caminho para as gerações futuras.

Neste momento de luto, a DPU presta solidariedade e sinceras condolências à família, aos amigos e à comunidade quilombola, se coloca à disposição e se compromete a acompanhar o caso por meio de sua Defensora Nacional de Direitos Humanos, da Secretaria-Geral de Articulação Institucional e do Grupo de Trabalho Comunidades Tradicionais.

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