
Considerado o rei do naipe pelo público, o cantor Lekinho está de volta ao 'trono' onde tudo começou: a banda Ah Chapa. Os conflitos dos bastidores que fizeram o artista deixar o grupo de pagodão foram deixados para trás e o novo reinado começou com o pé direito, pois ele já emplacou uma música com potencial para ser dos sucessos mais virais deste verão.
Sem massagem, Lekinho detalhou tudo o que tem acontecido nessa etapa da carreira para o MASSA!, revelou se Elza vai retornar como backing vocal da banda e ainda analisou o atual cenário do naipe na Bahia.
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"Estou feliz de ter voltado. A minha saída foi por causa de alguns problemas internos na banda com questões de empresários, mas a gente sentou recentemente para poder fazer a volta e se entender. Todo mundo se entendeu e eu voltei, porque eu só saí por causa disso, porque eu gosto da banda", explicou.
O pagodeiro declarou que ele e os músicos são a combinação que faz o grupo realmente funcionar: "Tinha muita gente pedindo: 'Lekinho, volta pra Ah Chapa'. Aí eu botei na balança e decidi voltar. Agora eu tô feliz de novo, porque é a banda que eu estourei, né? A primeira banda, e eu já percebi que eu fora da banda, tanto a banda não anda, como eu também não ando".
Eu já percebi que eu fora da banda, tanto a banda não anda, como eu também não ando

Elza vai voltar para Ah Chapa?

Uma das maiores curiosidades dos fãs é se Elza, o primeiro backing dance gay do pagode baiano, vai voltar para Ah Chapa. Ao lado de Lekinho, Elza se tornou uma figura muito conhecida e querida pelo público.
Apesar dos pedidos do povo, o vocalista descartou a possibilidade. "Rapaz, por enquanto ninguém cogitou. Nem eu, nem o pessoal lá dos empresários. Quem está agora é a Beta", explicou.

Segundo Lekinho, Roberta chegou para trabalhar com ele durante a carreira solo e demonstra muito profissionalismo. "É uma menina que eu conheci quando eu tava com minha carreira solo, quando eu saí, conheci ela e estava sem banda. Ela chegou pra somar, entendeu? Não foi gente que eu vi que queria só ganhar o cachê, como a maioria dos músicos e backing vocal é, de só quer ganhar o cachê e tchau. Ela colou", elogiou.
O trava-língua que viralizou
Com poucos dias depois do retorno ao grupo Ah Chapa, o cantor já estourou com um novo bloquinho. A canção bateu certo e já foi apelidada de trava-língua pelos internautas, que entraram na brincadeira e passaram a gravar vídeos tentando acertar a letra.
Lekinho revelou como foi o processo criativo do novo hit. "Minha cabeça só funciona quando eu tô em paz. Voltei pra Ah Chapa, minha mente voltou a ficar em paz. Sentei aqui, aí fiquei olhando os funks, umas coisas, e peguei e gostei dessa música, mas mudei a letra toda. Botei do meu jeito, eu botei no trava-língua a parte do negão tadafilado, estelionatário, que são coisas daqui de Salvador, que a galera fala na resenha e tudo. Botei todas as resenhas, tudo junto no trava-língua e soltei pra fazer uma trend", detalhou.
Assista:
Eu soltei esse bloco e o bloco bateu. Botei tudo novo, viola nova, swing novo, tudo novo e bateu de novo. E vou bater mais 300 vezes de novo
O artista ainda pontuou a importância de Rick Bass, que é empresário e agora emplacou como cantor, com nome artístico O Maridão, e é dono da marca Ah Chapa: "Pra eu criar uma música, pelo menos das vezes que eu criei, foi pipoco. Foi a do gordinho, foi a 'Calma Blog', e aí o resto quem sentava pra poder me dar as músicas é o Rick Bass, porque ele que é um dos empresários e dono da marca".
O naipe perdeu espaço?
Mesmo tendo concluído que vai muito mais longe como vocalista da Ah Chapa, Lekinho falou que não ficou estagnado durante a carreira solo. Ele defendeu que o naipe não perdeu espaço e ainda está na boca da galera, especialmente no interior do estado.
"Eu estava conseguindo fazer show normal. Cheguei a fazer o show de Aporá, de Cardeal, que são interiores daqui da Bahia, com palco grande de prefeitura, tava na mesma grade de Natanzinho Lima no show de Aporá. Eu continuei, dei marcha na carreira, continuei seguindo, e aí foi o que chamou a atenção pra os empresários verem e me chamarem pra poder fazer um acordo e voltar", disse.
Com o crescente surgimento de cantores e bandas que seguiram o estilo de bloquinhos e surfaram na onda no naipe, muita gente acredita que a vertente saturou e as músicas ficaram muito parecidas. Para o pagodeiro, o segredo é ser original e ele seguirá lançando canções diferentes para manter o naipe vivo.
"Eu acho que o naipe hoje é novas criações, pode-se dizer assim. É você estar reinventando coisas que a galera gosta de fazer, como uma trend, como o passinho, como o swing, e eu gosto de inovar, eu gosto de botar coisa nova", contou ele ao MASSA!.
Confira o lançamento dele:
Com o novo bloquinho na pista, Lekinho pensou em seguir trabalhando o sucesso durante o fim de ano e só lançar a aposta para o Carnaval no ano que vem, quando a data da folia estiver mais próxima.
