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Na mira da Justiça - 24/02/2023, 12:12 - Thiago Conceição - Atualizado em 24/02/2023, 15:03

Presidente das Muquiranas promete ajudar na investigação de assédio

Mulher chegou a ter pistolas d'água colocadas em suas nádegas após ataque de integrantes do bloco no Carnaval

Washington Paganelli comenta atos de assédio sexual e vandalismo
Washington Paganelli comenta atos de assédio sexual e vandalismo |  Foto: Laís Rocha/AG. A TARDE

O presidente do bloco 'As Muquiranas', Washington Paganelli, disse que está trabalhando para identificar os integrantes que cometeram o crime de assédio sexual contra as mulheres durante o Carnaval de Salvador deste ano.

No entanto, ele afirmou não ser possível multar ou prender os mesmos, mas que trabalha para que sejam excluídos do bloco. A declaração foi dada em participação no programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9) nesta sexta-feira (24).

As afirmações do presidente ocorrem no momento em que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) investiga os atos de assédio, importunação sexual e violência cometidos por associados do bloco. Além disso, a Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Salvador pretende realizar uma audiência pública para avaliar a instauração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do grupo e dos seus integrantes.

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Nós estamos tentando identificar os foliões, eles serão excluídos do bloco

Washington Paganelli, presidente do bloco 'As Muquiranas'

“Eles estão no cadastro da PM, da Secretaria de Segurança Pública. A gente tem parcerias com a Secretaria de Reparação do Governo, com participação no “Respeita as Minas”. A secretaria municipal da área também foi incorporada, mandamos mensagens ao folião, tínhamos o projeto de palestras em bairros, conscientização dos foliões. E a violência não é só no Carnaval. Essa violência não é só com o folião das Muquiranas”, disse Paganelli.

Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível observar o momento em que uma mulher é atacada por membros do bloco As Muquiranas. Nas imagens, os homens aparecem jogando água na mesma. Eles ainda colocaram pistolas d'água em suas nádegas. O caso foi registrado na última terça-feira de folia, durante a passagem do bloco pelo Circuito Osmar (Campo Grande). E as agressões só pararam após a vítima ser socorrida por agentes da Guarda Municipal.

Bloco Muquirandas durante o Carnaval
Bloco Muquirandas durante o Carnaval | Foto: Raphael Muller/Ag. A Tarde

No Carnaval deste ano, os integrantes do bloco ainda protagonizaram atos de vandalismo. Com fantasias de enfermeiras, os foliões subiram em banheiros químicos, pontos de ônibus e portões de prédios comerciais e privados.

Sobre as ocorrências de vandalismo, Paganelli disse ao A TARDE que foram registrados 50 casos no primeiro dia de saída do bloco, no sábado (18). Após o ocorrido, ele teve uma conversa com o secretário da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Luciano Ribeiro, e que os casos caíram, com a ajuda dos próprios integrantes das Muquiranas.

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“É fácil [repercutir] quando é com as Muquiranas, por causa das fantasias. Mas vai alguém com uma camisa branca cometer os atos. Nós vamos conscientizar, passar a mensagem de que estes foliões agem contra a população e o bloco que diz amar. E vamos levar isso para os bairros. As Muquiranas não é [um bloco] homofóbico, temos todos os gêneros sexuais. Só não temos mulheres, mas estamos até estudando a criação de um bloco para elas. E a gente pede a ajuda da imprensa e da população para que aqueles que cometeram os atos sejam devidamente identificados e punidos, concluiu o presidente.

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