
Engana-se quem pensa que o mês de dezembro só traz clima de festa e esperança. Enquanto parte da sociedade está com a atenção e com os ânimos direcionados ao período de fim de ano, outra parte está sendo vítima dele. Motivo? Muitas pessoas são afetadas pela ansiedade e pelo estresse.
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Segundo a psicóloga Kallila Barbosa, os sintomas aumentam com a chegada do fim de ano. ”Parece que em alguma medida dezembro atrai eventos que são sazonais. Da época onde a gente aprendeu que é um mês onde se faz balanços e projeta futuro. Ao mesmo tempo em que a gente precisa dar conta de várias coisas que a gente, desejou ou planejou fazer”, explicou em entrevista ao MASSA!.
Ainda de acordo com a profissional, esses dois sentimentos também podem ser causados pela auto-cobrança de atender aos padrões, por vezes, impostos pela sociedade.
“Muitas das metas que a gente constrói, inclusive, elas falam muito mais de um contexto de padronização do que efetivamente ao que está conectado ao que somos. A ansiedade é uma emoção humana como tristeza, alegria. Mas quando isso começa a fazer com a gente esteja num estado de alerta sempre e mais ainda de forma que gente não consiga sair dele, isso já chama atenção”, alertou.

A psicóloga completou dizendo que chegar ao último mês do ano pode trazer expectativas sociais que costumam vir acompanhadas de ansiedade, cansaço e frustrações. Condição que, conforme explicado por ela, tem sido “Dezembrite” ou “Síndrome do fim de ano”.
“O termo Dezembrite é um neologismo, que está relacionado a inflamação. Nesse caso, faz referência ao Dezembrio inflamado. Porém, quando a gente percebe que não está relaxando é preciso respirar fundo e mandar mensagem para o cérebro lembrando que não há ameaça. A ansiedade ela é entendida como um estado de alerta, ela tende a deslocar a gente do tempo presente. Indico, inclusive, colocar gelo na mão como estratégia para trazer o corpo para o tempo presente”.
Dicas para ficar mais leve
Para aqueles que estão sendo prejudicados pela ansiedade ocasionada pela chegada do fim de ano, Kallila Barbosa deixa algumas orientações que podem amenizar o desconforto.
"Identifique suas viradas internas e transformações silenciosas, nem todo crescimento é barulhento. Há mudanças que não aparecem em metas cumpridas, mas em algo muito mais discreto: o tom da nossa coragem, a forma como passamos a dizer não, ou o modo como sustentamos um vínculo difícil. Identificar essas pequenas viradas internas, que muitas vezes se perdem porque não foram produtivas, mas foram profundamente formadoras", destacou.
