
Um vereador, dois ex-secretários de Saúde e mais sete suspeitos foram presos pela Polícia Civil durante a segunda fase da Operação USG, deflagrada nesta terça-feira (18). Eles são investigados de ligação com um esquema de desvio de verbas da saúde pública na Bahia e no Piauí. Mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos foram 'surrupiados'.
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Os mandados foram cumpridos nas cidades de Formosa do Rio Preto, na Bahia, e nas regiões de Corrente e Bom Jesus, no Piauí. As ações seguem rolando em mais endereços e, até o momento, foram apreendidos carros, bens patrimoniais, documentos e equipamentos eletrônicos.
Funcionamento do esquema
Segundo as autoridades, os ex-secretários municipais eram os principais 'cabeças' do núcleo central, atuando com a ajuda de familiares e empresários para controlar contratos de clínicas e laboratórios credenciados pela respectiva cidade.
Médicos se envolviam no esquema como sócios formais de empresas de fachada. Além disso, diretores de hospitais ficavam responsáveis por validar procedimentos 'fakes'.
O esquema envolvia cobranças à prefeitura pelos serviços que nunca existiram, como exames, plantões e atendimentos fictícios. Além disso, foi identificado que existiam registros de ultrassonografias nove vezes maior do que o habitual e a compra de medicamentos bloqueados pela Anvisa. Notas ficais também eram usadas para mascarar serviços fantasmas.
Cerca de 80 policiais participam da operação por meio do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) ,da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Barreiras/BA) e das equipes da Polícia Civil do Piauí.
