
A ofensiva das forças policiais contra a facção Bonde do Maluco (BDM), durante a Operação Alta Potência 2 na manhã desta terça-feira (18), não só fechou o cerco para 20 elementos como também deu um 'baque' pesado nas finanças da quadrilha. A ação visa 'quebrar' o setor financeiro do grupo e enfraquecer seus avanços.
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Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), cerca de 90 contas bancárias usadas pelos criminosos que atuam nas cidades baianas de Jequié, Ipiaú e Itagibá foram bloqueadas. Além disso, os agentes também sequestraram cerca de R$ 2 milhões em imóveis pertencentes ao bonde.
Investigações indicam que os 'traficas', em parceria com os bandidos paulistas, movimentaram cerca de R$ 52 milhões em pouco mais de três anos, usando lavagem de dinheiro para comprar construções e distribuir os lucros em diversos bancos.
Em entrevista divulgada à imprensa, o Delegado Isaías Neto, Titular da DT de Ipiaú, detalhou a cronologia das ações policiais. "Tudo se iniciou em 2023, quando identificamos a estrutura da organização criminosa que atuava em Ipiaú. Durante as investigações, conseguimos localizar uma liderança. Deflagramos essa operação em 2023 e conseguimos prender mais de 24 pessoas".
"Seguimos com as diligências e, com apoio da Ficco, conseguimos informações sobre o local onde esse líder se encontrava e, no início do ano, foi realizado o mandado de busca nesse endereço. Com essa prisão, nós partimos para outra etapa, que era identificar o patrimônio. Conseguimos instaurar mais dois inquéritos, um para investigar o eixo financeiro e o outro focado no operacional do tráfico de drogas e hoje deflagramos essa operação, que o resultado está sendo bem positivo", finalizou.
