Veja perfil das pessoas que passaram por audiência de custódia em Salvador

Maioria dos presos foram homens jovens, negros, com baixa escolaridade e baixos rendimentos |  Foto: Divulgação / Ilustrativa

Entre os dados divulgados pela Defensoria Pública do estado da Bahia, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (9), estavam detalhes sobre os perfis das pessoas que foram capturadas em flagrante na comarca de Salvador e passaram por audiência de custódia.

De acordo com a pasta, as prisões costumam acontecer de forma predominante sobre os homens jovens, negros, com baixa escolaridade e baixos rendimentos financeiros.

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Diante dos 2898 casos registrados pelo órgão em 2023, cerca de 94,6% do total correspondiam a presos do sexo masculino, ou seja, 2.741 indivíduos.

94,6% dos 2898 casos eram cometidos por homens | Foto: Divulgação / Defensoria Pública

Confira os dados no que se referem aos 2.741 homens presos;

- 2771 se autodeclaram-se pretas ou pardas, 90 brancos e 37 sem informação;

- 1831 tinham até 29 anos de idade; 737 de 30 a 41 anos; 250 de 42 a 53 anos; 41 de 53 a 59 anos; 32 com 60 anos ou mais; 7 sem informação;

- 1020 possuíam ensino fundamental incompleto; 30 sem alfabetização; 217 concluíram ensino fundamental; 353 com ensino médio completo; 338 com ensino médio incompleto; 39 ensino superior completo;

- 900 recebiam até um salário mínimo mensal; 348 inexistente; 74 entre 1 e 3 salários mínimos; 4 entre 3 e 5 salários mínimos; 1 acima de 5 salários mínimos; 1571 sem informação.

As mulheres

O restante fica por conta das mulheres, que representam 5,4% do total, com 157 capturas. Entre elas, o perfil constante era composto por negras com idade de até 29 anos

Ao todo, ocorreram 157 capturas de mulheres | Foto: Divulgação / Defensoria Pública

Confira os dados no que se referem as 157 prisões de mulheres:

- 140 se autodeclararam pretas ou pardas; 13 brancas; 4 sem informação;

- 91 tinham até 29 anos; 41 de 30 a 41 anos; 17 de 42 até 53 anos; 7 de 54 a 59 anos; 1 sem informação;

"Os dados são o reflexo da dura realidade que a nossa população negra, jovem, com baixa escolaridade e baixa renda enfrenta. Esses dados aqui servem para a gente direcionar nosso trabalho e tentar mudar essa realidade de alguma forma", disse a Coordenadora da Defensoria Pública, Alexandra Soares