O sistema de reconhecimento de placas da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) alcançou, na última sexta-feira (11), a marca de 1.000 veículos recuperados. Em operação desde o final de 2018, a tecnologia já ajudou a localizar foragidos, desmontar quadrilhas e solucionar diversos tipos de ocorrências em Salvador, Região Metropolitana e cidades do interior.
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Desse total, os carros correspondem a 52,2% das recuperações, enquanto as motocicletas representam 46,8%, segundo dados da SSP.
Ao Portal Massa!, o Tenente-Coronel Luciano Jorge ressaltou a importância do sistema, destacando a redução dos índices de roubo e furto de veículos.
“A marca de 1.000 veículos recuperados reforça a eficácia do sistema no combate a esses crimes. Mas o que é importante o cidadão entender é que quanto mais rápido ele trouxer essa informação de que foi vítima de uma dessas ações criminosas, ligar imediatamente para o 190, nós podemos dar uma resposta mais rápida antes que o veículo desapareça. Se ele fizer essa ligação e se dirigir à delegacia em seguida, aumenta enormemente a chance de nós recuperarmos o bem subtraído”, explica.
Ainda segundo o oficial, assim que o roubo é registrado, um alerta é automaticamente emitido e inserido no sistema de leitura de placas, fazendo com que o veículo passe a ser monitorado com prioridade pelas equipes de segurança.
No entanto, o Capitão Marcelo, diretor de Operações e coordenador de Operações PM Centro Integrado de Comunicação (Cicom) Capital / RMS, alerta que as chances de recuperação de um veículo subtraído são mais altas se o registro for feito em até 48 horas.
A partir da nossa experiência, a gente percebeu que a partir de quando o veículo é roubado, a gente tem no máximo 48 horas para recuperá-lo, ainda ele sem ter mudado placa ou ter ido para algum tipo de desmanche. Então, esse é o tempo que nós temos, e voltamos a enfatizar que essa ligação para o 190 é importante, e depois com certeza se dirigir à delegacia para formalizar essa ocorrência
diretor de Operações e coordenador de Operações PM CICOM Capital/RMS Marcelo Barbosa
O oficial também explicou quais informações devem ser passadas ao acionar o Cicom.
"A pessoa tem o carro roubado e conseguiu ligar logo para o Cicom, tem que dar a placa correta e as características do carro, por exemplo: Placa ABC1234, veículo Gol Branco. Aí o operador aqui vai verificar se aquela placa bate com o que foi informado, e vai colocar aqui em nossas câmeras. Quando esse veículo passar em alguma câmera de reconhecimento de placa, é emitido um alerta para as guarnições", detalha.
O capitão acrescenta que a agilidade no contato com a polícia é fundamental. “Já tivemos situações aqui de um veículo roubado, inclusive foi na área de Itapuã, depois de 15 minutos do roubo esse veículo foi recuperado, e várias vezes a gente consegue recuperar esse veículo em menos de 24 horas, quando a gente consegue detectar pelas câmeras de reconhecimento de placa".
Funcionamento
Assim como o sistema de reconhecimento facial, o de leitura de placas utiliza analíticos específicos capazes de identificar, em tempo real, os caracteres das placas de veículos que circulam pelas vias de Salvador e em mais de 80 cidades da Bahia.
"Ela faz a mesma coisa. Vai buscar aquele dado, e comparar com o nosso banco de dados de veículos clonados, roubados ou furtados. O sistema consegue perceber, a partir de analíticos, que temos clonagem de veículos, então ele vai perceber alguma anormalidade. Mas, no caso de veículos clonados e roubados, ela vai buscar no nosso banco de dados desse tipo de caso", explica o diretor de Operações da Cicom.
Com os bons resultados, o sistema deve ser expandido para mais municípios baianos até 2026, por meio do projeto Vídeo Polícia Itinerante (VPE Itinerante), promovido pela Superintendência de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO).
"A partir do novo projeto VPE, que começa esse novo projeto ano que vem. É bem provável que outras cidades da Bahia serão contempladas com esse tipo de tecnologia", confirma o capitão.
Atualmente, estima-se que há cerca de 2.500 câmeras do sistema de leitura de placas operando em Salvador e aproximadamente 3.200 em toda a Região Metropolitana.
Projeto Câmera Interativa: segurança com ajuda da população
Além dessa tecnologia, o projeto Câmera Interativa é também uma iniciativa do Governo da Bahia que busca aumentar os pontos de monitoramento em locais públicos com a ajuda da população.
A ideia é que câmeras de segurança particulares, de pessoas ou empresas, que estejam voltadas para ruas, praças e outros espaços públicos, possam ser conectadas ao sistema da Secretaria de Segurança. Isso é feito por meio de empresas especializadas, sem custo para o dono da câmera nem para o Estado.
O objetivo é reforçar a segurança e ajudar no trabalho da polícia. Os interessados devem procurar uma empresa integradora credenciada, que será responsável por todo o processo técnico — desde o envio das informações até a formalização da adesão.
A participação é voluntária, e pode ser encerrada a qualquer momento.
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