![Renato Cariani é dono da Anidrol Produtos](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/Artigo-Destaque/1240000/380x300/Produtos-de-empresa-de-Cariani-abasteciam-rede-do-0124285400202312141406-ScaleOutside-1.webp?fallback=%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1240000%2FProdutos-de-empresa-de-Cariani-abasteciam-rede-do-0124285400202312141406.png%3Fxid%3D5871118&xid=5871118)
O esquema de desvios de produtos químicos ligado a empresa do influenciador fitness Renato Cariani, 47, abastecia uma rede criminosa de tráfico de drogas internacional comandada por criminosos do PCC, segundo a Polícia Federal. O empresário foi alvo de operação da PF nesta semana. As informações são da Folha de S.Paulo.
Conforme a PF, Fábio Spinola Mota, apontado como membro do PCC e preso no início deste ano seria o elo entre Cariani e a facção criminosa. Solto no mês passado, ele foi alvo da operação junto com Cariani e Roseli Dorth, a sócia do influenciador em uma empresa para venda de produtos químicos, a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., em Diadema.
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A PF trabalha com a hipótese de que o material adquirido legalmente pela Anidrol, compra rigidamente controlada pela PF, era desviada para a produção de cocaína e crack. Para justificar a saída dos produtos, eram emitidas notas fiscais falsas e depósitos em nome de laranjas, usando indevidamente o nome da multinacional AstraZeneca.
De acordo com a investigação, foram desviadas cerca de 12 toneladas de produtos como acetona, éter etílico, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, manitol e fenacetina, substâncias utilizadas para transformar a pasta base de cocaína em pó (cocaína) ou em pedras (crack).
"Na nossa investigação, a gente identificou [Mota] como sendo o intermediário. Ele tem uma relação de amizade íntima com o sócio da empresa de produtos desviados. A gente o identifica como responsável pela elaboração dos documentos fraudulentos para que o produto, de fato, pudesse ser desviado", afirmou à Folha, o delegado Fabrizio Galli, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, e responsável pela operação.
A investigação tem o recorte tempo de 2016 a 2020. De acordo com a polícia, novas fases devem ser desencadeadas. O grupo teria lucrado valores superiores a R$ 6 milhões.