O Ministério Público da Bahia (MP-BA) vai acompanhar as investigações da Polícia Civil da Bahia (PC-BA) sobre o caso Hyara Flor. O acompanhamento se dará através de um processo administrativo (PAD) que foi instaurado pelo órgão.
Em setembro, o MP-BA fez questionamentos ao laudo médico apresentado pelo Departamento de Perícia Técnica.
Em publicação no Diário da Justiça, desta terça-feira (8), revela que o pedido foi feito pela advogada da família da vítima, Janaína Panhossi. A Ação foi protocolada pelo promotor de justiça Helber Luiz Batista.
Hyara Flor, de 14 anos, foi morta em julho deste ano em uma comunidade cigana na cidade de Guaratinga, no sul da Bahia. De acordo com a advogada, o parecer técnico apresentado pelos peritos contratados pela família de Hyara contesta a versão da Polícia Civil que, em agosto, concluiu que o tiro foi disparado pelo cunhado da vítima, de apenas 9 anos. O perito particular esteve no local do crime, acessou o inquérito policial e apontou que uma pistola calibre 380 não poderia ter sido disparada por uma criança.
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Para a família da vítima, o autor do disparo que matou Hyara é o marido da jovem, de 14 anos.
Segundo a versão oficial apresentada pela Polícia Civil, o tiro foi acidental. Em coletiva de imprensa, as autoridades informaram que Hyara e o cunhado brincavam de simular um assalto, quando ela teria entregue a arma de fogo carregada para a criança, que efetuou um disparo acidental.