Um dos médicos morto a tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5), era irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (Psol) e cunhado do deputado Glauber Braga. Diego Ralf Bonfim tinha 35 anos e chegou a ser levado para o Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos.
O médico era especialista em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Através das redes sociais, autoridades e internautas apontam que o crime pode ter motivação política tendo como alvo o irmão da deputada.
“É GRAVÍSSIMA a execução nessa madrugada do irmão da deputada Sâmia Bonfim, o médico Diego Ralf Bonfim, no RJ. Morreram também no atentado os médicos Marcos de Andrade Corsato e Perseu Almeida. O médico Daniel Proença que também foi atingido permanece em estado grave. É fundamental que a Polícia Federal apure e esclareça o ocorrido e se há conexão com a execução de Marielle Franco. Deixo minhas condolências a querida deputada e aos demais familiares e amigos por essa perda terrível”, escreveu o deputado estadual por São Paulo, Eduardo Suplicy.
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Em outra publicação, a ativista antirracista Luciana Viegas prestou solidariedade e questionou se o ataque não seria um aviso para os militantes da esquerda.
“EXECUTARAM o irmão de Samia Bonfim essa noite no Rio de Janeiro. Eu não tenho como pensar que isso não é um aviso pra quem tá na linha de frente e no enfrentamento da direita. Seja em todos os campos. Ativistas do campo progressista. O aviso foi pra nós. Seguiremos em luta? Ou alguns de vocês já tão soltando a nossa mão?”, desabafou.
Até o fechamento da matéria, a deputada Sâmia Bonfim ainda não havia se manifestado publicamente sobre o ocorrido.