
O governador Jerônimo Rodrigues brotou, na manhã desta terça-feira (4), em um evento que rolou no Centro de Operações e Inteligência (COI) da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador.
Leia Também:
Durante o discurso, o chefe do Executivo baiano 'largou o doce' sobre as operações deflagradas em bairros nobres de Salvador, que fazem o controle do crime organizado.
"Há 20 dias houve a Operação Primus que nós fomos mexer onde nós deveríamos mexer que é no andar de cima do crime organizado. [...] A comunidade quer um ambiente de paz que os meninos e as meninas possam correr na rua, jogar bola, brincar, ir para a igreja e voltar, ir para a escola e voltar. O que está ali na comunidade é a ponta do iceberg. Em algum lugar está a fonte financeira", pontuou o governador.
"Assim como nós vimos a Faria Lima, aqui em Salvador também tem os bairros nobres que devem guardar essas fontes, mas que ninguém toca. Quem paga a conta é a comunidade pobre e quem vai embora são os nossos filhos negros, a juventude", alertou.
Megaoperação no Rio
Sobre a megaoperação que aconteceu semana passada no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 100 pessoas e outras centenas de presos, Jerônimo disse que o Estado não pode ser o responsável por matar.
"Seria bom se todos nós do Brasil entendêssemos que era momento de sentarmos às mesas, os 27 governadores, os 6.500 prefeitos, os deputados, o parlamento, o sistema de justiça e encontrássemos a saída", relatou.
O Estado não pode ser matador. Não pode. Não é o Estado que tem que fazer isso
Jerônimo Rodrigues
"O Estado tem que mediar. E nós ficamos entre uma situação dizendo foi correto o que aconteceu e que foi injusto. Quem fala que foi correto diz que é genocida. Quem fala que não foi correto diz que está poupando criminosos. Essa disputa não serve para nós", acrescentou o governador.
