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Sistema criminoso - 31/10/2025, 11:00 - Da Redação

CV queria drone com câmera de visão noturna para 'farejar' a polícia

Facção planejava usar tecnologia para vigiar incursões e manter o domínio

Drones térmicos viraram nova arma do tráfico no Rio de Janeiro
Drones térmicos viraram nova arma do tráfico no Rio de Janeiro |  Foto: Ilustrativa/Reprodução/Freepik

O Comando Vermelho (CV) está de olho — e dessa vez, literalmente. Uma investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) revelou que traficantes do Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, estavam se organizando pra comprar drones com câmeras térmicas, capazes de identificar pessoas até no breu da madrugada.

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A descoberta veio à tona após uma denúncia Ministério Público do Rio (MPRJ), que deu base à megaoperação de terça-feira (28). A ação resultou na prisão de 113 suspeitos e deixou mais de 120 mortos, mas poucos 'cabeças' da facção foram encontrados.

Em conversas interceptadas pelos investigadores, um dos indivíduos comenta: “O meu não é noturno, o meu é câmera normal. Nós temos que ver o térmico.” Outro responde: “A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”. As informações são do g1.

As investigações apontam o Complexo da Penha como uma das bases mais fortes do CV no estado. A localização — perto de vias expressas — facilita o escoamento de drogas e armas, além de dar acesso rápido a outras regiões. De lá, o grupo vem ampliando o domínio.

Controle na marra

As mensagens obtidas pela polícia escancaram uma estrutura de comando rígida, com escala de plantão, folha de pagamento e até regras de punição. O traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca, é apontado como o chefão da Penha. Ele tá foragido, mas a casa dele vive cercada por seguranças armados.

Outro nome pesado é Juan Breno Malta Ramos, o BMW, acusado de comandar os tribunais do crime, onde são decididas punições e execuções. Fagner Campos Marinho, o Bafo, seria um dos encarregados das sessões de tortura, e acabou preso durante a operação.

Big Brother do crime

O CV também mantém um sistema de câmeras espalhadas pelas comunidades, monitorando a movimentação de policiais e rivais. Para deixar o esquema ainda mais afiado, os indivíduos queriam investir nos drones térmicos, capazes de rastrear pessoas escondidas em áreas escuras ou de mata fechada.

A operação que desmantelou parte do plano foi resultado de meses de trabalho da DRE junto com o Ministério Público. Para polícia, as mensagens e os equipamentos apreendidos mostram o quanto o tráfico carioca evoluiu em estratégia, tecnologia e poder de fogo — misturando tática militar, vigilância e domínio territorial como nunca usado antes.

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