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criminosos - 05/09/2024, 13:48 - Leo Moreira e Redação

Influencers presos em Salvador eram ligados ao Comando Vermelho

Suspeitos usavam rifas e outros jogos de azar para a lavagem de dinheiro para o grupo criminoso

Ramhon Dias e José Roberto, mais conhecido como 'Nanam Premiações', foram presos nesta quinta-feira (5)
Ramhon Dias e José Roberto, mais conhecido como 'Nanam Premiações', foram presos nesta quinta-feira (5) |  Foto: Reprodução/Instagram @ramhondias | Instagram Nanam Premiações

Os influenciadores digitais presos nesta quinta-feira (5), durante a Operação 'Falsas Promessas', usavam rifas e outros jogos de azar para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas para uma das principais facções criminosas do país. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil durante entrevista coletiva nesta manhã.

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Segundo a diretora do DRACO, delegada Márcia Pereira, os dois influenciadores, Ramhon Dias e José Roberto, mais conhecido como 'Nanam Premiações', seriam os chefes do esquema. "Eles são as lideranças dessa organização criminosa. Eles são responsáveis por fazer a lavagem de dinheiro que é arrecadado pelo tráfico de drogas", detalha.

Apesar de não citar o nome da facção, apurações do Grupo A TARDE apontam para a ligação com o Comando Vermelho (CV). Um dos integrantes desta organização morreu também durante o curso da operação na manhã desta quinta. Sueliton de Almeira Coelho, apontado como responsável pelas logísticas das armas para a facção, foi baleado durante troca de tiros com as equipes de Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. "Ele era uma das lideranças relacionadas ao CV e veio a óbito ao resistir a ordem de prisão", continuou a delegada.

Diversos itens foram apreendidos na ação policial
Diversos itens foram apreendidos na ação policial | Foto: Shirley Stolze / Ag. A TARDE

A Operação

A ação foi deflagrada após mais de um ano de atividade de inteligência. Constatações apontaram que o esquema ilícito movimentou mais de meio bilhão de reais.

"Nós conseguimos identificar um esquema de lavagem de dinheiro feita por uma quadrilha que não só traficava aqui na Bahia, mas também em outros estados, através dessas transações conseguimos identificar esse outro grupo que era responsável pela lavagem de dinheiro oriundo do tráfico desse outro grupo".

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A diretora-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, detalhou como o esquema das 'falsas promessas e lavagens de dinheiro acontecia. "A grande maioria dos prêmios era paga, só que o valor que provavelmente ele arrecadava era muito maior do que aquilo era mencionado. Eles faziam questão de pagar os prêmios até para ter a credibilidade das pessoas, mas mostra nas nossas investigações financeiras o enriquecimento enorme dessas pessoas. Então, pessoas que, em princípio, elas há um ano atrás, elas ganhavam uma renda de dois, três mil, elas movimentavam dez, cinquenta vezes mais esse valor em suas pontas correntes", finalizou.

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