A morte brutal de Bernadete Pacifico mobiliza desde as primeiras horas desta sexta-feira (18) entidades de todo o Brasil. Em função do assassinato, ocorrido na quinta-feira (17), autoridades de várias instituições municipais, estaduais e nacionais dialogam entre si para impulsionar as investigações.
Uma das instituições é o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Representante do órgão, a juíza Karen Luiza Vilanova de Souza, que veio ao estado da Bahia para participar de reuniões, relatou que o Poder Judiciário está pronto para tomar decisões sobre esse caso.
“Sabemos da violência, das experiências de tanta negação de direitos que essa população vive. A gente retorna, como a ministra Rosa Weber deferiu, para acompanhar esse momento de despedida da Mãe Bernadete, que esteve lá, clamou por Justiça, para dizer que queremos sim que os fatos sejam devidamente apurados, e que o poder Judiciário está mobilizado, pronto e atento para dar conta dessa demanda”, relatou.
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Há cerca de um mês, o CNJ esteve no estado baiano realizando um processo de escuta das comunidades quilombolas. Contudo, no atual cenário, a missão é ainda mais dura e clama por intervenção rápida.
“Quem vai realizar as investigações é a polícia. O Ministério Público acompanha, e o Poder Judiciário, numa determinada medida, conforme forem realizados pedidos de diferentes ordens para poder esclarecer os fatos, vai apreciar e decidir. Não é uma intervenção, são tomadas de decisões a partir dessa provações que podem vir da polícia e do Ministério Público. Nós vamos atuar na outra dimensão, com todos os atores, para que reunamos esforços e, cada um dentro de suas competências e atribuições, possa juntar as medidas para resolver esse fato”, finalizou a juíza.