A comunidade quilombola está sossegada desde a noite desta quinta-feira (17) após a morte da líder Bernadete Pacífico. Figura representativa, ela foi brutalmente assassinada, na cidade de Simões Filho, localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Tamanha proporção do caso originou o início da investigação por parte da Polícia Federal (PF).
Em contrapartida a garantia do interesse pelo caso, a corporação manterá as investigações guardadas ‘a sete chaves’. Ao mesmo tempo, a Polícia Civil da Bahia (PC-BA) também vai apurar o assassinato por meio de uma força-tarefa imediata.
Informações divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) apontam que o crime teve autoria de dois homens. A dupla invadiu o imóvel onde estava a ialorixá, ‘munidos’ por capacetes, e efetuaram disparos à queima-roupa com arma de fogo.
No momento do crime, Bernadete estava ao lado dos três netos. A execução, no entanto, já estava premeditada.
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Contra a parede
A reportagem do Portal MASSA! apurou que a líder quilombola recebia ameaças devido a interesses de posse de terras. Os insultos que tentavam colocar Bernadete Pacífico contra a parede foram comunicados ao Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH).
O Supremo Tribunal Federal (STF) também obteve conhecimento das ameaças, pois a quilombola debateu junto à presidente Rosa Weber sobre violência contra os seus ‘parceiros’ de vida, no final de julho deste ano.