A sensação de medo assombrou os moradores do bairro Tancredo Neves, em Salvador, nos últimos dias. Os tiroteios registrados, aulas suspensas e buzus fora de circulação refletem os momentos de caos vividos pela comunidade.
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Na noite desta quarta (23), mais um caso de confronto armado entre facções criminosas ocorreu pelas ruas da localidade. Informações iniciais obtidas pelo Portal MASSA! apontam que o enfrentamento foi realizado entre os 'meninos bons' do Bonde do Maluco (BDM) e Comando Vermelho (CV).
Em contato com a reportagem, o tenente-coronel Luciano Jorge, da 23ª CIPM, detalhou que, ao realizar rondas na região, os policiais se depararam com um grupo criminoso praticando ações no local.
Eles apresentaram forte resistência, atirando na guarnição, que revidou. Segundo o oficial, reforços do Patamo e do agrupamento aéreo foram convocados para auxiliar no combate ao elementos.
Por fim, o tenente-coronel afirmou que está presente no local e que o policiamento seguirá reforçado na região a fim de garantir a segurança da população de Tancredo Neves.
Transporte público
A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) informou que o atendimento de ônibus no bairro foi retomado na manhã desta quinta-feira (3), após ter sido suspenso na noite anterior. As aulas da Uneb também foram paralisadas.
O Portal MASSA! tentou contato com Fabrizzio Müller, secretário da Semob, para melhores informações, mas não obteve retorno.
Vídeos e áudios enviados para a reportagem do MASSA! mostraram o som dos disparos ecoando pela região e a população desesperada com a situação.
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Tiro pra todo lado
As problemáticas se tornaram recorrentes no bairro Tancredo Neves ao decorrer deste ano. No dia 21 de setembro, por exemplo, uma chacina aconteceu no local, quando quatro pessoas foram encurralas e assassinadas por criminosos na mesma noite.
O Portal MASSA! apurou que a disputa entre facções seria o principal motivo das execuções.
Em 19 de agosto, um policial civil foi baleado na perna e na mão em confronto com uma das lideranças do CV na região, identificado como João Pedro Prates do Santos, vulgo 'JP', que foi morto na ocasião.