O Arraiá do Nordeste de Amaralina, realizado neste sábado (28), em Salvador, foi mais que um grande festejo junino e passou a ser uma discussão sobre a importância de valorizar a cultura local. Autoridades e lideranças comunitárias destacaram como eventos como este reafirmam tradições e movimentam a economia criativa da cidade.
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Presidente da Comissão de Cultura da Câmara de Salvador, o vereador Silvio Humberto ressaltou que iniciativas como o Arraiá fortalecem a cultura local e geram renda para a comunidade. Para ele, é preciso reconhecer que a tradição do samba junino, transformada em patrimônio imaterial da cidade, só se mantém viva com investimento.
Silvio Humberto também destacou a importância de pensar os festejos como oportunidades de gerar trabalho e renda de forma organizada.
“O que você observa aqui? Desde a camisa e o chapéu de palha, até as iguarias vendidas, tudo reinventa a economia de Salvador. É a economia da alegria movimentando a cidade. O Estado precisa potencializar o que a comunidade faz, porque a cultura precisa ser um eixo estruturante do desenvolvimento da nossa cidade”, afirmou Silvio Humberto.
O vereador também frisou que descentralizar as festas é fundamental para proteger a juventude, envolvendo-a em atividades que fortalecem o pertencimento à comunidade: “Quando você traz a economia criativa para dentro da comunidade, gera oportunidades e mantém os jovens longe da violência, porque eles se sentem parte do que está sendo construído.”
Já Cássia Magalhães, presidente do PSB Salvador e moradora militante do Nordeste de Amaralina, relembrou o passado cultural do bairro, que já teve mais de 50 grupos de samba junino e a famosa escola de samba Diplomata de Amaralina. Segundo ela, a revitalização dessas manifestações tradicionais fortalece a identidade do bairro e impulsiona a economia local.
“O Nordeste Amaralina é um grande celeiro cultural. Trazer os festejos juninos para aqui é muito importante para a economia local. Nossa população vem, em grande parte, do interior da Bahia, então manter viva essa tradição é essencial”, disse Cássia.
Ela também defendeu que os eventos culturais não fiquem restritos aos grandes centros: “Precisamos descentralizar as festas para descentralizar a economia. Fazer atividades em bairros como Nordeste de Amaralina, Cajazeiras e no Subúrbio é fundamental. Tanto o Carnaval quanto o São João são grandes vetores de desenvolvimento econômico, e o samba junino foi, no passado, um importante incentivador do axé. Este trabalho é essencial para manter a cultura, a tradição e gerar desenvolvimento.”
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