O fim de linha do Nordeste de Amaralina foi tomado pela força e ancestralidade do samba junino neste sábado (27). Diversos grupos do bairro se apresentaram e fizeram a comunidade balançar com a energia singular dos tambores no 1º Arraiá do NordesteEuSou (NES).
Com histórias de resistência, o samba junino une tradições: o samba duro, do Recôncavo Baiano e os festejos juninos. As bandas formadas no asfalto das ruas do Nordeste, protagonizaram o evento que acontece pela primeira vez dentro do bairro.
Conheça eles
Cada banda enalteceu a sua identidade, que seja a religião, a raça ou o gênero, por meio do samba junino todos ganham voz e espaço para celebrar o valor da sua cultura. O primeiro grupo que subiu no trio foi o ‘Samba das Pretas’, reforçando o protagonismo das mulheres pretas no espaço cultural baiano. Com carisma e autoridade levou o ativismo da banda para o Arraiá do NES. Durante toda a apresentação, agradeceram a realização do evento.
O cantor e compositor, Joel Nascimento, vocalista da banda ‘Samba Elite’, dirigiu o grupo de samba junino DM de Boa e ressaltou a importância do samba duro estar em evidência: “Todas as músicas do Axé Music, quando começou, saiu do samba junino. Betão do Olodum, Xexéu, Tatau, Tonho Matéria, entre outros, todo mundo veio do samba junino”, afirma.
Além dos grupos já citados, subiram ao trio o ‘Samba sem Nome’, ‘Samba Brilho’, ‘Resgate do Samba’, que também tiveram seu momento de brilhar.
O samba é o protagonista do arraiá
O diretor Institucional e Jurídico do NES, Rodrigo Coelho, coordenador do evento, não escondeu o intuito de realizar os festejos para celebrar o que se tem de mais tradicional no Nordeste de Amaralina.
“Trazemos um evento exclusivamente de forró, de samba junino. O samba junino faz parte da cultura do Nordeste de Amaralina. Isso é tradicional. Há anos que tinha os encontros de samba junino e a gente está retomando isso para manter viva a tradição dentro da comunidade”, compartilha.
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