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DEU RUIM! - 25/07/2024, 07:56 - Da Redação - Atualizado em 26/07/2024, 12:59

'Véio' da Hawan é condenado após chamar desafeto de "esquerdopata"

Empresário bolsonarista 'pegou' 1 ano e quatro meses de reclusão, além de quatro meses de detenção em regime aberto

Punição será paga em serviços comunitários e pagamento de uma indenização de 35 salários mínimos à vítima.
Punição será paga em serviços comunitários e pagamento de uma indenização de 35 salários mínimos à vítima. |  Foto: Ed Alves/CB

O empresário Luciano Hang, dono das Lojas Hawan, foi condenado a 1 ano e quatro meses de reclusão, além de quatro meses de detenção, em regime aberto, por difamação e injúria contra o Humberto Tadeu Hickel. Contudo, a punição será paga em serviços comunitários e pagamento de uma indenização de 35 salários mínimos à vítima.

O tumulto entre Tadeu e Hang aconteceu em 2020, após o arquiteto se manifestar contra a instalação de uma “estátua da liberdade” — símbolo da Havan — em frente a uma loja em Canela, no Rio Grande do Sul. Ele alegou que o objeto quebrava as leis do Plano Diretor municipal, que tinha o objetivo de preservar a harmonia arquitetônica e o patrimônio histórico da cidade.

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Bolsonarista declarado, Hang utilizou as redes sociais para chama Hickel de "esquerdopata" e mandou ele ir “para Cuba” e, em seguida, disparou uma série de ofensas. Os juízes que condenaram o empresário, alegaram que o posicionamento dele aumenta o discurso de ódio e teve o intuito de atacar a imagem e reputação de terceiros.

Hang também foi multado em 20 dias-multa, com cada dia avaliado em 10 salários mínimos, totalizando cerca de R$ 300 mil

Em nota, Luciano Hang lembrou que o fato ocorreu há quatro anos, quando ao instalar a Estátua da Liberdade em frente à loja de Canela, o arquiteto Humberto Hickel fez um abaixo-assinado contra.

“Ele não teve apoio na cidade, inclusive pessoas de fora do país assinaram esse abaixo-assinado, ninguém deu bola pra ele e eu fiz um vídeo sobre isso na época”, comentou Hang.

Ainda de acordo com Luciano, descontente com a repercussão do vídeo, o arquiteto entrou com um processo criminal. “Em primeira instância, vencemos. O Ministério Público concordou que chamar ele de esquerdopata não seria motivo para criminalizar, sendo um debate político. Mas, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul agiu diferente e considerou um crime, porque a população local ficou contra a posição do cara. Mas, vamos recorrer da decisão”, destaca.

O dono da Havan também lamentou pelas "inúmeras notícias distorcidas que foram publicadas" e afirmou que segue com a consciência tranquila de que "apenas exerceu o direito à liberdade de expressão, manifestando sua opinião".

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