O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) explicou ao Portal Massa! os motivos do rompimento da parceria com o suplente de vereador em Salvador, Soldado Prisco (PL). Prisco havia anunciado publicamente que não marcharia mais ao lado de Alden, alegando que o parlamentar não teria “cumprido acordos” e lhe negado apoio.
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Alden esclareceu que o acordo com Prisco era de apoiar exclusivamente a candidatura dele nas eleições de 2024 como representante da Polícia Militar. No entanto, o soldado se irritou ao saber que o deputado também apoiaria Alexandre Moreira, outro filiado do PL, que não tinha ligação direta com os votos da PM.
Segundo Alden, é inviável, como deputado federal, apoiar apenas um nome, considerando a dimensão de sua base eleitoral.
“Deixei isso claro pra ele. Eu estou deputado federal, preciso no mínimo ter 160 mil votos. Então, não existe isso de apoiar um único candidato. Ele era o único, mesmo dentro das forças policiais, que exigia apoio integral, só a ele. Não posso, como deputado federal, ter essa exclusividade, enquanto todos os demais não exigiram isso”, destacou.
O parlamentar também negou a falta de apoio durante e após o período eleitoral. Alden lembrou que levou Prisco ao gabinete do ex-presidente Jair Bolsonaro e usou sua estrutura de redes sociais para impulsionar a candidatura do aliado em Salvador.
“Nós utilizamos nossas redes para associar minha imagem à dele. Tenho um alcance de milhões. Além disso, ele foi um dos pouquíssimos candidatos que levei pessoalmente a Bolsonaro para gravar vídeo e tirar foto. Isso aconteceu três vezes. Pouquíssimos no PL tiveram essa oportunidade”, completou, insinuando ingratidão por parte de Prisco.
Alden também apontou que parte dos pouco mais de 8 mil votos conquistados por Prisco em 2024 veio da sua própria influência.
“Tive quase 26 mil votos em Salvador na última eleição. Parte desses votos foi transferida para ele. Veja que os dois que apoiei aqui — Prisco e Moreira — foram os mais votados do partido. Não se elegeram, mas hoje são primeiro e segundo suplentes. Então, sim, demonstramos força, e não tenho dúvida de que parte dos votos dele vieram da associação com minha imagem.”
Após as eleições de 2024, Alden ainda promoveu uma reunião com Prisco em seu gabinete para discutir uma possível composição para 2026. No entanto, segundo ele, algumas associações da Polícia Militar que o apoiam não quiseram dar aval ao nome de Prisco.
O motivo, conforme relatado por Alden, é a falta de palavra do ex-aliado. Ele ainda revelou que já havia sido alertado sobre esse comportamento.
“Em todos esses anos, a maior parte das queixas sobre Prisco é a falta de cumprimento com a palavra. Ele promete e volta atrás. Não cumpre os acordos. Quando estourou esse negócio, que ele teria inventado mais uma narrativa a meu respeito, todos falaram: ‘Prisco não tem palavra, não tem caráter’. Era uma bomba-relógio que já estava demorando demais para estourar”, finalizou.
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