A 33ª edição da Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro) também dá um show de inclusão. Prova disso é o stand da Secretaria de Administração e Ressocialização (SEAP), que apresenta produtos feitos por detentos do sistema prisional.
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A variedade de itens expostos é ampla, abrangendo desde legumes e hortaliças até quadros e sandálias. O projeto busca promover a ressocialização e reduzir as chances de reincidência no mundo do crime.
“Todos os alimentos são feitos pelos detentos. É um trabalho desenvolvido pela SEAP dentro das unidades prisionais. Estamos na Fenagro mostrando para a sociedade que o sistema prisional não é apenas cárcere privado. Dentro desse ambiente, os internos têm a oportunidade de trabalhar e reescrever a história de suas vidas”, explicou Dionísio de Jesus, monitor de ressocialização.
Os detentos que participam do trabalho no sistema prisional recebem benefícios, como a redução de um dia de pena a cada três dias trabalhados, além de apoio para a progressão do regime.
“Eles têm diminuição da pena e recebem um salário. Parte desse valor é depositada em conta, enquanto outra parte fica retida. Quando conquistam a progressão de regime para o aberto, que é domiciliar, podem retirar o montante acumulado. Assim, eles saem do sistema como novas pessoas, ressocializadas e preparadas para retornar ao convívio da família e da sociedade”, afirmou.
Além do trabalho, o sistema prisional também investe em educação, como explicou o agente penitenciário Jorge Rezende.
“Nós também temos a parte educacional. Contamos com escolas e, agora, nos dias 10 e 11, está sendo realizado o Enem dentro do sistema penitenciário. Todos eles estudam e trabalham com obras literárias”, destacou o agente.