Comandante da seleção do Irã, o técnico Carlos Queiroz demonstrou ser um cara de ‘poucos amigos’ quando o assunto é direitos das mulheres no país. Questionado por um jornalista sobre representar o Irã frente às alegações de violações a essa temática, o português antecipou a resposta com um rebatimento.
“Para qual canal você trabalha? Quanto vai me pagar para responder a essa pergunta? Vocês são uma empresa privada, quanto vão me pagar? Fale com o seu chefe e no final da Copa posso te dar uma resposta se me fizer uma boa oferta. Para responder a essa pergunta, não coloque palavras que eu não disse na minha boca, eu estou perguntando à sua companhia quanto vão me pagar para responder”, rebateu Queiroz antes de se levantar.
“Acho que devia pensar também sobre o que acontece com os imigrantes na Inglaterra, como são tratados”, acrescentou.
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Em um segundo momento da entrevista, Queiroz também foi perguntado pelos jornalistas acerca da possibilidade de os atletas do Irã protestarem em favor das mulheres nos jogos durante a Copa do Mundo.
“O Irã é exatamente como o seu país. Segue o espírito do jogo e as regras da Fifa. É assim que você se expressa no futebol. Todos têm o direito de se expressar. Vocês se ajoelham nos jogos. Algumas pessoas concordam, outras não, e no Irã é exatamente o mesmo. Mas esse tipo de assunto não está em questão na seleção nacional, os jogadores só têm uma coisa na cabeça que é lutar pelo sonho de passar da fase de grupos”, citou.
Dentro de campo, o Irã estreia contra a Inglaterra, no dia 21 de novembro (uma segunda-feira), às 10h (horário de Brasília), no Estádio Internacional Khalifa. A equipe está no Grupo B, junto a Estados Unidos e País de Gales, além da adversária da primeira rodada.