Atual camisa 9 do Bahia, Everaldo vive uma relação turbulenta com a atual fase vivida e com a torcida tricolor. Já são 50 jogos com a equipe baiana e apenas 17 tentos marcados, sendo fortemente criticado pela baixa média de participações em gols e grandes chances perdidas.
Apesar dos julgamentos, o atacante comentou, em meio a entrevista coletiva desta sexta-feira (13), que está acostumado com esse tipo de situação e que usa os comentários mais "construtivos" para aprender, evoluir e dar a volta por cima.
"A palavra correta é resiliência. A gente sabe que, principalmente no Brasil, o camisa 9 é cobrado por gols. Claro que no mundo inteiro, mas no Brasil a cobrança é muito alta. E é normal e natural isso. Tem que saber lidar com isso, eu soube e sei lidar com isso. Dou atenção às críticas construtivas, críticas vazias entram por um ouvido e saem pelo outro. Mas construtivas recebi várias, de pessoas próximas de mim, e sempre dei atenção a isso e busquei sempre melhorar", iniciou o jogador.
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Apesar do baixo rendimento no Brasileirão com o Esquadrão, 'Eve' ainda é o artilheiro da equipe na temporada e na competição nacional (6 gols). Após brocar três gols e uma assistência na partida contra o Goías, o centroavante mandou a 'zika' embora e busca dar a volta por cima com o Baêa na Série A.
"Soube lidar com isso (críticas), óbvio que é difícil, complicado, chato, mas quando é crítica construtiva a gente consegue ver alguns pontos que talvez eu não consiga ver, enfim. Agora é, como falei, dar sequência no trabalho, foram três gols muito importantes, assistência, a gente conseguiu o triunfo. Importante, mas tem 12 finais pela frente para tirar o Bahia dessa situação", destacou ele.
Em situação apertada na tabela da primeira divisão nacional, o Tricolor pretende vencer o Internacional na próxima quarta-feira (18), na Arena Fonte Nova para se afastar da zona de perigo. Para isso, o atleta destaca o apoio interno entre todos do elenco.
"Não é novidade esse apoio, não só comigo, mas entre nós, a gente está acostumado assim. Sabemos que quem está ali dentro de campo está sujeito a críticas, a cobranças. Então, nós sempre buscamos nos apoiar, até porque pensamos em prol do coletivo, então isso obviamente ajuda bastante, o apoio dos colegas [...] Jogador já experiente, fui resiliente, consegui passar por cima disso e agora é buscar cada vez mais contribuir com os triunfos", finalizou.