
Emerson Ferretti, presidente do Esporte Clube Bahia, abriu o jogo sobre a repercussão da entrevista cedida ao Conversa com Bial. Em um bate-papo exclusivo com o MASSA!, o dirigente destacou a importância de usar sua história pessoal para inspirar pessoas dentro e fora do futebol.
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Na entrevista exibida no dia 2 de outubro, Ferretti contou detalhes da própria trajetória, comentou sobre o medo de assumir sua sexualidade nos anos 80, e os 20 anos de terapia até se sentir pronto para tornar isso público. Agora, ele celebra a repercussão positiva que o episódio teve.
“É importante a gente se posicionar socialmente, é um assunto delicado, um assunto que sempre foi silenciado no futebol brasileiro, a presença de pessoas LGBT, muita homofobia, e falando sobre isso a gente consegue quebrar esse silêncio”, afirma.
Há esperança
O dirigente classificou a resposta do público como "muito positiva", e que acredita que seu gesto pode servir de incentivo para quem sofre preconceito.
"Espero estar contribuindo para que o futebol evolua para um espaço que tenha respeito entre as pessoas, apesar de ser um esporte de muita competição, mas o respeito precisa prevalecer. E dessa forma eu tento colaborar com isso, ajudando o futebol. Há tantas pessoas que amam o futebol, mas que se sentem intimidadas de estar no dia a dia", diz.
Ferretti ainda passou a visão para quem passa por situações parecidas: "Que possa encorajar mais pessoas a estar presente no futebol, a fazer o que ama. Não deixar de fazer o que ama por conta de preconceito. É muito triste isso. Quem sofre preconceito sente, mas quem é preconceituoso às vezes não sente. Então a gente precisa chamar atenção para isso."
Espero que tenha consequências bem legais, bem positivas para frente
Emerson Ferretti
A fala do 'presida' veio em meio ao anúncio da terceira edição da "Corrida do Baêa", durante a manhã desta quarta-feira (8).