Foi lançado, nesta segunda-feira (24), o edital de licitação referente às obras de duplicação das Avenidas Artêmio Valente e Mário Sérgio, principais vias de acesso ao Estádio Barradão, no bairro de Canabrava, em Salvador. O projeto foi apresentado às autoridades presentes, pelo governador Jerônimo Rodrigues.
O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, acompanhou a comitiva que esteve no Barradão e destacou o impacto da duplicação das vias que ligam a praça esportiva que pertence ao Vitória. Ele também ressaltou sobre a importância dos estádios públicos, como Pituaçu, que ajudam a dar condições de trabalho aos clubes do interior e das cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS).
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"Reinvindicação do Vitória importante, exatamente sobre o acesso ao Barradão. Sou torcedor do Vitória e sei das dificuldades de acesso ao Barradão. Com essa duplicação, vai facilitar o acesso. O governo do estado tendo a posição de viabilizar e dar as condições aos nosso clubes, não só aos maiores da Bahia, e sim aos do interior e que disputam a segunda divisão. Temos o nosso estádio de Pituaçu que tem servido. Temos dado apoio através da TVE e de outros mecanismos, para que os times da segunda divisão e os outros times da primeira divisão do baiano possam disputar competições nacionais. Junto com a Federação [Bahiana de Futebol] que a gente tem uma parceria importante, para dar mais competitividade ao futebol baiano", comentou o secretário em entrevista.
Em março, foi realizado um processo de análise para concessão de Pituaçu à iniciativa privada. Na ocasião, os estudos apontaram custos excessivos do estádio ao governo estadual, especialmente após a construção da Arena Fonte Nova. Davidson Magalhães se diz contra ao repasse do equipamento e destacou a utilização do estádio pelos clubes do estado que possuem menor poderio financeiro.
"Isso era uma possibilidade. Eu sempre fui contra essa posição. Acho que nós precisamos ter um estádio público. Temos um estádio em concessão, que é a Fonte Nova, mas precisamos ter um estádio público. Nós não podemos pegar os estádios construídos com recursos públicos e passar para a iniciativa privada. O futebol, se ele é lucrativo no topo, pra construir a base ele não é lucrativo. A grande maioria dos times da Bahia são deficitários e precisam ter espaço do setor público para garantir isso. Quando você chega em Itabuna, Ilhéus e nos municípios, os clubes não tem estádio. Nos grandes municípios hoje, a maiori ados estádios são municipais, senão você não viabiliza. Se você não tem uma boa base no campeonato baiano, você não terá times competitivos", explicou.
O Bahia, que hoje é gerido pelo City Football Group (Grupo City), tem interesse em administrar a Arena Fonte Nova, cujo contrato com o governo do estado é válido até 2028. Sucinto, o secretário disse que a licitação será aberta e quem tiver condições, poderá se qualificar a disputa. "A concessão é pública. Vai ser feita uma nova disputa pública, uma licitação. Quem tiver interesse, se habilite", concluiu.