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Messi x Mbappé - 18/12/2022, 07:31 - Celso Lopez

Argentina e França fazem jogaço na decisão pela Copa do Mundo

Sem surpresas, favoritos antes da competição começar duelam na superfinal

Disputa pela taça começa às 12h, horário de Brasília
Disputa pela taça começa às 12h, horário de Brasília |  Foto: Tânia Rêgo/Ag. Brasil

Sem mais contagem regressiva, chegou o dia em que ou Argentina ou França levantará a taça da Copa do Mundo. No Estádio Lusail, às 12h (da Bahia), deste domingo (18), começa o duelo entre os comandados de Lionel Scaloni e Didier Deschamps. Atuais campeões, os ‘Bleus’ enfrentaram diversos problemas de desfalques, mas fizeram valer o título de favoritos até aqui.

Do outro lado, Messi liderou a Albiceleste em uma série de 36 jogos invicta e já pintava um ar de ‘última dança’ em cada uma das suas atuações. Tudo isso para que o título seja decidido em uma superfinal (confira no infográfico que, no confronto 11x11 dos prováveis titulares, elegemos a França levemente superior, com um 6 a 5).

A começar pela campeã do mundo, a escalação de Didier Deschamps segue um padrão clássico. Na ideia de jogo, o 4-3-3 é predominante, sempre com dois pontas de velocidade, sendo Mbappé e Dembélé como titulares, e um centroavante de referência, papel desempenhado por Giroud. Assim, o plano é que eles possam aproveitar o máximo possível os contra-ataques, quando tiverem a chance de buscar o um-contra-um pelos lados do campo com mais facilidade.

Se esse é o sistema tricolor, a capacidade individual dos jogadores é o que faz a engrenagem rodar. Mesmo em um dia ruim, quase todos da frente têm técnica para decidir sozinhos em uma jogada individual. Dembélé é ambidestro e gosta de finalizar de dentro da área, já Mbappé usa a velocidade para chegar à linha de fundo e também conclui. No círculo central, Giroud tem presença e Rabiot costuma aparecer, tanto que ambos já marcaram de cabeça nesta Copa. Por fim, fora da grande área, Tchouaméni já deixou o dele e Griezmann possui técnica para arriscar a finalização.

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Do outro lado, se a pergunta fosse feita para os atletas argentinos, a resposta certamente seria que Messi é o ponto forte da seleção. Sem dúvidas, tudo de alguma forma é influenciado por La Pulga, contudo, há momentos em que os outros nove fazem o que o camisa 10 não faz: correr. A marcação pressão da Albiceleste incomodou muito os seus oponentes, e ela só é possível porque todos, sobretudo o atacante Julian Álvarez e o cão de caça De Paul, se propuseram a correr pelo gênio da equipe.

Na parte ofensiva, os homens de frente parecem ter herdado o gene do futsal. Messi aproveita dos espaços curtos como se fossem grandes vãos nas defesas adversárias e é muito beneficiado pelas tabelinhas, com participações sempre ativas de Julian Álvarez, como aconteceu no terceiro gol contra a Croácia.

Além de tudo isso, a Argentina criou uma grande incógnita nos pensamentos franceses de qual seria o time titular. Não só a escalação, Scaloni muda o esquema do time com peças diferentes. Apesar das variações táticas, quem está em campo aprendeu a depender de Messi até sem fazê-lo tocar na bola. Assim como foi no primeiro gol contra os croatas, quando Gvardiol saiu à caça de Lionel, há sempre um espaço gerado, e a dupla Enzo e Julian Álvarez geralmente dá um jeito de aproveita-lo.

Ninguém é invencível

Não é fácil ganhar de Argentina ou França, tanto que estão na final do Mundial. Porém, nenhuma das duas chegou à decisão ilesa, na verdade, longe disso. Hoje, a finalíssima poderia ser entre a Albiceleste e a Inglaterra, por exemplo. Isso porque os franceses cometeram dois pênaltis contra os ingleses, o segundo desperdiçado por Kane. Dentro da área, o time de Deschamps se mostrou inseguro, tanto que cometeu três penalidades se somados os jogos contra Polônia e Inglaterra. Isso também é resultado do ‘deixar jogar’ tricolor. Para aproveitar os contra-ataques, a França também precisa ceder espaços e isso os faz sofrer, sobretudo quando a bola é levantada à sua área.

Os pontos a serem explorados na Argentina já se apresentam bem diferentes. Depender de um dos melhores da história não é motivo para reclamar, mas pode ser a distância entre ser ou não campeão do mundo. Caso Messi não acorde inspirado, não há muitos outros jogadores que têm a capacidade para fazer a diferença no elenco albiceleste.

Na hora do desespero, a bola na área argentina também não é das mais fortes. Sem um centroavante referência, sobra para Julian Álvarez disputar na velocidade, não na cabeça. Lá atrás, a bola parada defensiva fez Lionel Scaloni quase passar mal contra a Holanda. Por último, já é marcado que os defensores argentinos darão vários botes durante a partida, e um deles errado é o suficiente para que Mbappé aproveite.

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