O Baianão está no centro de uma enxurrada de críticas. Técnicos e dirigentes vêm explanando os problemas do estadual, que vão desde a arbitragem contestada até campos em condições deploráveis. A declaração mais recente partiu de Rogério Ceni, treinador do Bahia, após o Ba-Vi 500. Sem papas na língua, ele 'desceu a madeira' na organização do torneio.
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"Tem que se investir no campeonato, temos que ter campos melhores, parcerias, até com os próprios Bahia e Vitória. [...] Ninguém quer jogar o Campeonato Baiano, os grandes. Acha que alguém gosta de ir para o interior para jogar no Campeonato Baiano? O que dá lucro são os jogos como os de hoje, os clássicos. Seja aqui, seja no Barradão", declarou.
Apito surdo
A arbitragem baiana tem sido motivo de insatisfação geral. Na mesma entrevista, o treinador também foi pra cima dos juízes da competição.
"Arbitragem um pouquinho infeliz. [...] Eles não tinham comunicação o jogo inteiro, rádio não funcionou. A gente quer um campeonato estadual bom, [...] quando vem aqui encontramos dificuldades que deveriam ser solucionadas, pelo menos a comunicação. Coisas básicas para o futebol", afirmou Rogério Ceni.
Campos fuleiros
Além da arbitragem, os gramados dos estádios do interior baiano são alvo de críticas constantes. Exemplo disso foi a treta entre o Fábio Mota e o presidente do Juazeirense Roberto Carlos sobre o gramado do Adalto de Moraes, em Juazeiro.
A partida entre os clubes aconteceu no dia 15 de janeiro e durante aquela semana os dois presidentes trocaram algumas 'farpas'. O presidente do Vitória gravou um vídeo expondo as péssimas condições do Adautão, com vestiários precários até problemas de higiene e risco de lesões. Assista:
Além disso, os treinadores 'largaram o doce' sobre os gramados do Estado. Veja:
"Praticamos outro esporte. Não é o futebol que estou acostumado. O gramado prejudicou muito a qualidade do jogo", afirmou Thaigo Carpini, comandante do leão da Barra sobre o Adaltão.
Já o 'professor' tricolor atacou o gramado do Waldomirão, casa do Jequié, e sugeriu uma solução.
"Com relação a gramados, no interior da Bahia como um todo, a Federação, com a ligação forte que tem com a CBF, deveria investir até em gramado sintético, padronizado para todos os clubes, acho que seria uma boa até para a cidade; e quando chegar no momento de Estadual, ter um gramado melhor para jogar com menos riscos de lesão para os dois lados", reclamou.
Demissões em massa!
O Baianão 2025 está mais impiedoso com os técnicos do que nunca. Em apenas seis rodadas, cinco treinadores já foram demitidos, número superior ao total de demissões em toda a edição de 2024.
A última queda foi a de Betinho, do Jequié, após a derrota para o Bahia. Antes dele, Laécio Aquino (Jacobina), João Carlos (Juazeirense), Sérgio Araújo (Barcelona de Ilhéus) e Adriano de Souza (Atlético de Alagoinhas) já haviam sido dispensados.