
As coisas não estão nada tranquila na política brasileira. Na última sexta-feira (18), a youtuber e atriz Antônia Fontenelle apareceu nas redes sociais para atacar a deputada federal Erika Hilton. Entre as ofensas, Antônia disparou: "preta, do cabelo duro, como todos os pretos são". A congressista já acionou a Justiça neste sábado (20).
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Em um vídeo ainda disponível no YouTube, Fontenelle afirma não temer eventuais processos de Erika Hilton e faz declarações com tom racista contra a parlamentar. Nas falas, ela se refere à deputada como “preta, do cabelo duro, como todos os pretos são” e afirma que pessoas negras deveriam “parar de querer ser brancas e loiras porque não são”.
Durante a gravação, a youtuber continuou as ofensas. “Entre os votos contrários estão os de Erika Hilton, esperar o que de você, né? Que tinha um nariz desse tamanho [gesticulando com o dedo] e um cabelo de preta, que é o que você é, preta, e um discurso mentiroso”. Em outro momento, diz que pretende “puxar a peruca e deixar [Erika] careca”, acrescentando “isso aqui é meu”, enquanto segura o próprio cabelo.
Ainda no mesmo vídeo, os ataques não pararam. Ela seguiu mencionando Erika. “Votar contra pena pra estuprador é um estupro. Se dê ao respeito, porra. Você é preta, do cabelo duro, como todos os pretos são. E isso não é demérito. Mas você não quer ser uma preta do cabelo duro, quer ser uma branca loira”.
Se ligue no vídeo:
Antônia Fontenelle vive de ódio e preconceito. Agora, atacou @ErikakHilton com racismo e transfobia disfarçados de “opinião”.
— Liana Cirne 1️⃣3️⃣🇧🇷⭐🚩 (@LianaCirne) July 19, 2025
Pelo histórico dela, já passou da hora de responder na Justiça e ir para trás das grades pelos crimes que cometeu. Chega de tanta impunidade! pic.twitter.com/f8GpfwMz42
Vai dar Justiça
A ação contra Fontenelle foi protocolada neste sábado no Juizado Especial Cível da Comarca de São Paulo, um dia após a divulgação do vídeo, que atacou parlamentares do PT e PSOL contrários ao projeto 1112/23, de autoria do deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A proposta prevê que, em crimes hediondos, seja necessário o cumprimento de pelo menos 80% da pena para a progressão de regime.
A defesa de Erika Hilton sustenta que as falas configuram injúria racial e transfobia, ferindo a honra, a dignidade e a imagem da parlamentar. Os advogados destacam ainda que Fontenelle já responde a outras ações por calúnia, injúria e difamação, caracterizando reincidência em condutas ofensivas.