A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara aprovou, na tarde desta terça-feira (10), um Projeto de Lei que proíbe o reconhecimento do casamento homoafetivo no Brasil. A proposta agora seguirá para a Comissão de Direitos Humanos.
Internautas, celebridades e pessoas influentes, que fazem parte da comunidade LGBT+, repudiaram a decisão em seus perfis nas redes sociais. Nomes como o ex-BBB Gil do Vigor, a influenciadora e esposa da cantora Ludmilla, Brunna Gonçalves, Anitta e a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), se posicionaram contra o projeto de lei.
"É inadmissível que depois de tantos problemas que o país sofreu nos últimos anos, este seja o maior incômodo para tantas mentes, que eu digo que são mentes ignorantes, atrasadas, cheias de desconhecimento e incompreensão, que ainda usam religião para esconderem seus preconceitos e falas abomináveis. Mais um dia em que a nossa comunidade sofre, e que sofre MUITO. A verdade é que a preocupação não está sendo com o nosso país e sim com a felicidade alheia", escreveu Brunna Gonçalves, ao publicar uma foto ao lado de Ludmilla segurando uma bandeira LGBT+.
A cantora Anitta não demonstrou revolta com suas próprias palavras, mas, republicou em seu stories do Instagram um trecho do discurso da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) durante a Comissão da Câmara. O trecho, publicado nas redes sociais de Hilton, conta com um longo texto na legenda, onde a deputada alega que a decisão partiu de um golpe.
"A luta foi difícil, mas, mesmo sendo uma minoria nesta comissão, nós, comprometidos com os direitos de TODAS as pessoas e TODAS as famílias, conseguimos pará-lo diversas vezes. E o mesmo só foi aprovado mediante um golpe no regimento e o descumprimento do acordo pela Presidência da Comissão da Família. A derrota de hoje dói, mas essa dor não vai nos imobilizar", desabafou Hilton
O ex-BBB Gil do Vigor também publicou um vídeo em suas redes, onde demonstra revolta pela decisão da Comissão. "O projeto de lei inconstitucional que visa proibir o casamento homoafetivo avançou nesta comissão. Fomos associados a palavras como 'doença' e nossa estrutura familiar foi deslegitimada (...) Novamente, fomos alvos de ataques e nossas lutas foram minimizadas. No entanto, isso não é o fim. Vamos lutar com toda a nossa força contra essa atrocidade. Ninguém nos impedirá de AMAR!", escreveu Gil, na legenda