
A assessoria do deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) negou, nesta quinta-feira (3), que o parlamentar tenha sido indiciado por homotransfobia, como noticiado pelo portal Leo Dias. Segundo nota enviada ao Portal MASSA!, o deputado "jamais foi intimado ou sequer ouvido no referido inquérito".
Junto a isso, a Polícia Civil do Distrito Federal também foi procurada pela reportagem para confirmar a suposta investigação. Em resposta, a corporação informou que a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN) concluiu, nesta quarta-feira (2), o inquérito de um caso de homotransfobia praticado pelo pastor nas redes sociais.
Segundo a nota, ele foi indiciado por veicular símbolos ou propaganda nazista e por injúria racial, este último, por duas vezes. As publicações continham falas de ódio contra a população LGBTQIA+, com referências à “cura” pela religião e ofensas como “filhos da ira e da perdição”.
Ainda de acordo com o comunicado, o investigado também atacou a deputada Erika Hilton, afirmando que ela não deveria ser incluída no Dia das Mulheres. O caso foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, e, se condenado por todos os crimes, o pastor pode pegar de 6 a 15 anos de prisão.
Defesa já foi apresentada
A matéria publicada por um portal de entretenimento afirma que Isidório teria sido indiciado por declarações feitas durante uma sessão da Câmara dos Deputados, em setembro de 2023, que envolvem a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). O conteúdo teria motivado denúncias por homotransfobia e transfobia.
No entanto, de acordo com a assessoria de Isidório, o deputado já apresentou defesa à Procuradoria-Geral da República (PGR), na qual nega qualquer conduta ofensiva. Ele afirma que sempre tratou a parlamentar com respeito, inclusive utilizando pronomes femininos ao se referir a ela, como constaria em registros oficiais da sessão.
“As falas do parlamentar foram recortadas e descontextualizadas, sem qualquer base para a acusação de homotransfobia”, diz a nota.
Nota cita "homem de fé"
A assessoria ainda destaca que o deputado é "um homem de fé, pai de sete filhos, avô de nove netos, defensor das famílias brasileiras e do diálogo respeitoso" e que sempre atuou "dentro dos limites constitucionais da liberdade de expressão e do debate democrático".
"A verdade será restabelecida, e o povo baiano e brasileiro pode seguir confiando na postura íntegra, firme e respeitosa do Pastor Sargento Isidório", finaliza o comunicado.