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O novo pagodão! - 29/08/2024, 07:00 - Dara Medeiros - Atualizado em 29/08/2024, 09:48

Com 1º backdance gay do pagodão, Ah Chapa tem parceria de sucesso

Banda é a primeira do gênero musical a ter um homem como 'backdance'

Elza e Lekinho fazem parte da banda 'Ah Chapa'
Elza e Lekinho fazem parte da banda 'Ah Chapa' |  Foto: Uendel Galter/Ag. A Tarde

A banda Ah Chapa chegou para esquentar a nova geração do pagodão baiano. Comandado pelo cantor Alexsandro Aragão, mais conhecido como Lekinho, o grupo entrou para a história ao ter o primeiro homem como backdance do gênero musical. Em pouco tempo, as performances do jovem Emerson, chamado pelo povo de "Elza", foram bem aceitas pela maior parte do público e se tornaram referência para muitas pessoas.

Com uma voz aveludada e um swing incomparável, o rapaz, que completa 21 anos nesta quinta-feira (29), é gay e carrega profissionalmente o apelido que ganhou na escola. Consagrado como Elza, ele rompeu os estereótipos e o preconceito de cabeça erguida, pois na hora de ‘quebrar e amassar’ ao som do pagodão não há diferença entre ele e outras backing vocals femininas, e a galera curte igual.

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Em entrevista ao Portal MASSA!, Lekinho e Elza falaram com exclusividade sobre o trabalho da banda e também contaram tudo sobre os bastidores da parceria entre eles. O vocalista e o backdance aproveitaram para revelar os próximos passos da carreira.

O começo da parceria

Quem vê a amizade entre Elza e Lekinho nos shows e gravações, nem imagina que essa parceria surgiu há poucos meses. O cantor já conhecia o trabalho do backing vocal, pois ele costumava ir em várias casas de show de Salvador para buscar uma oportunidade de mostrar o seu talento, mas foi apenas em fevereiro de 2024 que Lekinho convidou Elza para fazer parte da banda.

Com 1º backdance gay do pagodão, Ah Chapa tem parceria de sucesso Com 1º backdance gay do pagodão, Ah Chapa tem parceria de sucesso

“Elza ficava em várias casas de show, mas a que eu mais via era no Boteco do Jhone, e quando eu fui fazer uma participação, eu chamei para poder cantar comigo e ficou na minha mente ali”, relembrou o vocalista.

A história foi confirmada por Elza: “É a primeira banda que eu trabalho. Eu sempre fazia participação com outras bandas, justamente pra o pessoal ver o meu trabalho, até que chegou a banda Ah Chapa”.

Quando surgiu a oportunidade de montar o novo elenco da banda, os integrantes precisavam de “uma menina” para fazer a segunda voz das canções. Apesar da ideia inicial ter sido contratar uma mulher, Lekinho se lembrou do trabalho de Elza e resolveu chamá-lo para participar do grupo. O pedido foi aceito e, desde então, a combinação tem feito muito sucesso.

“A gente estava caçando alguma menina para colocar, porque todas as bandas só têm backing vocal feminina, no caso. E eu peguei e tive essa ideia de colocar Emerson, que a gente chama de Elza, e deu certo”, contou.

Elza vive um conto de fadas

Elza completou 21 anos neste mês
Elza completou 21 anos neste mês | Foto: Divulgação

Nascido e criado no bairro de Tancredo Neves, o pagodão sempre fez parte da vida de Elza. Além de ouvir as músicas, o rapaz também gostava de acompanhar as moças que cantavam nos grupos da Bahia desde que era apenas um garotinho. Naquela época, o sonho de estar nos palcos parecia distante, mas algo o fez acreditar que seria possível realizá-lo um dia.

Aspas

Desde pequeno fui criado ouvindo pagode, né? E aí, quando cheguei aos meus 13 e 14 anos, eu tive esse dom de querer ser backing vocal. Sempre me inspirava nas backing vocals de bandas de pagode. E aí eu cresci com isso, gostando. E eu falei, eu dizia pra mim mesmo, que uma hora tinha que eu estar naquele lugar ali, que as meninas estavam também

Elza, primeiro backdance do pagodão

Para Elza, fazer parte da banda é realmente uma grande conquista: “Pra mim é uma emoção tão grande, porque eu estou vivendo um sonho. Eu cresci com esse sonho de ser uma backing vocal estourada”.

E é justamente pelo amor ao pagode e pela força desse sonho que Elza não se deixa abater diante do preconceito. Ele foi acolhido pelos fãs da banda, mas ainda sofre com olhares tortos de algumas pessoas que não aceitam o primeiro backdance masculino no gênero musical.

“Preconceito a gente sofre a todo momento, só que eu mesmo coloquei na minha cabeça que eu não dou importância, porque é algo que não vai me acrescentar em nada”, relatou.

Ouça o novo bloquinho da banda Ah Chapa:

O combustível de Elza para seguir em frente também vem do carinho do público. Ele se diverte quando a galera descobre que a voz feminina da banda Ah Chapa, na verdade, vem de um homem.

“O pessoal ficava besta mesmo comigo, quando me via no palco, falava: ‘porra, é um menino, mas com uma voz de menina, voz de mulher’, entendeu? É uma coisa surpreendente”, finalizou.

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